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Enviada em: 14/04/2017

A partir do momento que a busca por lucro -- incentivada desde o Renascimento Comercial e Urbano -- se sobrepôs à preocupação essencial de viver em harmonia com o meio, os danos causados pelo descarte inadequado de lixo afetaram a qualidade de vida da população. Desse modo, depreende-se que os impactos ambientais provenientes do consumo excessivo estão relacionados não só ao despejo de resíduos eletrônicos, mas também à contaminação hídrica.          Quando Émile Durkheim afirmou que a sociedade não é a simples soma de indivíduos, e sim o sistema formado por sua associação, corrobora a ideia de que as mudanças significativas de um país são perspectiveis a partir de medidas realizadas por uma aliança entre sociedade e Estado. Todavia, tal ação não recebe a importância governamental apropriada, de forma que o excesso de resíduos eletrônicos, provenientes da obsolescência programada, descartados de maneira inadequada pela população é extremamente nocivo ao meio ambiente. Dessa maneira, a ação do Poder Público em fornecer o suporte necessário à coleta seletiva é vital para a participação cidadã.         Além disso, em localidades onde o saneamento básico e a coleta seletiva são deficitários, grande parte desses resíduos são levados pela água da chuva para praias, igarapés e córregos. Questiona-se o porquê dos esforços para a recuperação dessas áreas serem negligenciados, uma vez que os danos causados afetam de maneira incisiva não só a flora e a fauna, como também a saúde humana, pois, segundo dados da OMS, 88% das mortes por diarreia são atribuídas a má qualidade da água. Assim, uma postura de preocupação sócio-ambiental torna-se eficiente através de medidas que visem evitar a poluição hídrica.       Fica clara, portanto, a correlação entre saúde pública e o descarte inadequado de lixo. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente fornecer o suporte necessário aos catadores de lixo, para que através do recolhimento de material reciclado e resíduos eletrônicos, nas residências em dias específicos da semana, aumentem suas rendas e reduzam a poluição fluvial. E, ainda, as Escolas devem realizar aulas e palestras de educação ambiental para as famílias, de forma que seja incentivada a compostagem e a reutilização de resíduos domésticos. Esse em conjunto com o Projeto Cozinha Brasil e aquele pode ser feito com garrafas pets dos próprios moradores com o fito de se evitar o desperdício.