Materiais:
Enviada em: 13/04/2017

Com o advento do industrialismo, o homem experimentou um significativo aumento na sua capacidade de produção de bens de consumo, possibilitando o atendimento de suas necessidades básicas e o acúmulo de capital. Entretanto, as medidas sustentáveis e a minimização do impacto ambiental não cresceram na mesma proporção, de forma que tanto a utilização indiscriminada de recursos naturais finitos quanto o destino inadequado dos resíduos sólidos provocam grande impacto ambiental.     Em primeiro plano, verifica-se que o tímido avanço na redução do impacto ambiental é movido principalmente por interesses econômicos, uma vez que o mercado ver nas medidas de conservação ambiental um entrave para a obtenção de lucros exponenciais. Assim, prevalece a exploração irresponsável de recursos finitos, sem a preocupação com a repercussão que isso gera para o planeta.      Outro fator relevante é o pouco caso que os governos fazem da questão ecológica. Financiados pela grande indústria, os políticos adotam uma postura inercial frente ao uso inconsequente do meio, afrouxando leis ambientais ou elaborando projetos pouco eficazes, como é o caso da política nacional de destinação de resíduo sólidos, que pouco êxito tem alcançado, ou da proibição do depósito de resíduos em lixões: vigente desde a década de 80, é flagrantemente desrespeitada até hoje.      Ademais, quando o cidadão, na ânsia de suprir seus desejos de pertencimento e identificação social, sujeita-se ao consumismo, acaba contribuindo de forma decisiva para o agravamento do impacto ambiental, já que o curto ciclo de vida dos produtos adquiridos aliado ao tempo considerável que a natureza leva para degradá-los fomentam em larga escala o aumento de resíduos que terão uma destinação incorreta.      Urge, portanto, a necessidade da adoção a médio e longo prazo de de medidas efetivas que visem a garantir a redução do impacto ambiental tanto a nível federal com a execução das normas ambientais e a criação de novas leis que coíbam o consumismo e a exploração irresponsável, como também no nível municipal por meio de políticas de destinação correta dos resíduos, erradicação dos lixões e coleta seletiva do lixo e do fomento à reciclagem. Além disso, exige-se a participação da iniciativa privada, através da adoção de práticas de logística reversa, dando melhor destino aos produtos eletrônicos. Por fim, ao cidadão cabe o engajamento político e social, cobrando de seus representantes um comprometimento com a causa ambiental, e também o consumo consciente, optando por empresas envolvidas na conservação do meio. Assim poderemos assegurar nossa qualidade de vida e também as das gerações vindouras.