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Enviada em: 14/04/2017

Associado sempre à Revolução Industrial, o consumismo tem sido uma prática constante desde o século XIX e que está intimamente ligado a impactos ambientais. Desde então, os desgastes causados ao meio natural vêm se acumulando e trazendo consequências cada vez mais catastróficas. O que propicia tal cenário é a passividade dos órgãos responsáveis por esse setor, como a ONU, diante dos países industriais que são responsáveis pela maior parte dessa poluição.   A inércia dos países a respeito dos impactos ambientais só é quebrada quando esses são afetados. Um exemplo disso é que a primeira conferência ambiental internacional só foi realizada após o incidente da Grande Nevasca de 52 em Londres onde cerca de 12.000 pessoas morreram.Tal mobilização tardia que visa o combate às consequências é ineficaz para solução dos problemas.   Quando Marx diz que "Em lugar das velhas necessidades satisfeitas pela indústria nacional, surgem novas que para serem satisfeitas exigem produtos de terras e climas distantes." ele corrobora a existência de outro aspecto que contribui para o consumo desenfreado e nocivo dos bens naturais, a Indústria Cultural. Esta atua através de propagandas na televisão, rádio e internet incitando novos desejos de aquisição e compra que não são necessários ao indivíduo.   Além disso, o antagonismo entre progresso e sustentabilidade vem impedindo o consenso entre as nações. A grande maioria dos países, imersos na lógica competitiva capitalista, são contra a redução ritmo acelerado de avanço. Comprometendo, assim, a noção de desenvolvimento sustentável proposta na CMMAD (Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento).   Evidencia-se, portanto, a necessidade das nações prevenirem a ocorrência dos problemas e não somente combatê-los quando já são evidentes. Esta medida torna-se possível, primeiramente, com a difusão da ideia de consumo consciente e quebra da indústria cultural, por órgãos nacionais e internacionais como CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação publicitária) e EASA (Aliança Europeia de Ética Publicitária) que atuariam nas mídias combatendo esta ideologia cultural. Somada à essa ação é preciso que as nações unidas difundam entre si a prática do desenvolvimento sustentável, que consiste em avançar sem comprometer a possibilidade das gerações futuras obterem progresso. Outra medida que pode surtir impacto positivo, é a promulgação de uma lei internacional que obrigue a maioria das indústrias e grandes comércios a se abastecerem de energia elétrica proveniente de fontes alternativas, como a eólica, fotovoltaica e biomassa. Desta forma, será possível a minimização dos impactos ambientais.