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Enviada em: 14/04/2017

Consumo desenfreado: comprometimento da vida     Em uma sociedade marcada pela exaltação do ter em detrimento do ser, não é surpresa que os níveis de consumo sejam exacerbados. A despeito das propagandas, empreendidas pelo Estado e fundações ambientalistas, em favor do meio ambiente, a alta quantidade de compra dos cidadãos faz com que os resíduos, que atingem a natureza, também sejam elevados. Por conseguinte, cria-se um lugar onde há destruição do espaço natural e diminuição da qualidade de vida dos indivíduos, características que devem ser combatidas, a fim de se construir um ambiente melhor.     Segundo o filósofo Rousseau, o homem é genuinamente bom, mas a vida em sociedade o corrompe, exatamente como ocorre com relação à importância dada à natureza, se comparada àquela dada ao capitalismo. Por conta da busca pelo lucro, realizada pelas indústrias e empresas capitalistas, empurra-se todo tipo de produto para a população, consequentemente, os lixões, lugares para os quais são destinados os restos, passam pela lotação. Na ausência de um tratamento adequado, como, frequentemente, ocorre no Brasil, os gases lançados para a atmosfera aumentam o efeito estufa e comprometem não só a manutenção da temperatura média do planeta, mas também a vida da fauna e da flora, que depende da homeostase natural.    Ademais, doenças nasofaciais e cardiorrespiratórias sofrem aumento de frequência, dentre as pessoas que pertencem a essa sociedade. Isso porque as mudanças na composição do ar respirado, como maior concentração de dióxido e monóxido de carbono e gás metano, acarretam alterações no organismo dos seres vivos e, consequentemente, contribuem para a debilitação da saúde social. Dessa maneira, vê-se que, além da parte abiótica, a comunidade biótica também é afetada com as variações do meio ambiente.     Em suma, com o intuito de empreender uma melhoria nas condições ambientais e antropológicas, faz-se necessário que haja proibição, com a instituição de uma emenda constitucional, estabelecida pelo poder legislativo, de sacolas plásticas, utilizadas nas compras, em todo o território nacional. Além disso, o Governo Federal pode executar um projeto cuja premissa é a diminuição do imposto de quem produzir uma quantidade menor de lixo, mensalmente. Por fim, o Estado deve instituir a eliminação de todos os focos de lixões existentes no Brasil, substituindo-os por aterros sanitários adequados. Com isso, formar-se-á um ambiente mais saudável tanto para os animais irracionais, quanto para os racionais.