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Enviada em: 17/04/2017

A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a tratar do meio ambiente e o artigo 225 estabelece que todos têm direito a esse espaço ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Embora a evolução da sociedade dependa do avanço tecnológico, o excesso de consumo demanda grande produção e a consequência é a enorme geração de lixo que leva a  impactos na natureza.       Em primeira análise, o modelo de produção pós fordista trabalha com  a questão da obsolescência programada, que estimula o consumo exagerado e cíclico visando o aumento do seu lucro. Quando Durkheim afirma o fato social agindo com coercitividade nos indivíduos, corrobora o comportamento de consumo desnecessário para ter pertencimento social.      Em segundo lugar, os investimentos políticos na reciclagem do lixo são insuficientes. O Brasil recicla parte ínfima dos dejetos produzidos devido a um serviço precário de coleta seletiva e falta de programas que orientem o comportamento adequado da população nesse serviço. Somado a isso, esse recolhimento não atende todo território, principalmente nas comunidade que não são assistidas por essa iniciativa devido a declividade das ruas, o  que dificulta a movimentação dos caminhões.       Além da falta de vontade política, entre os obstáculos ao avanço da reciclagem no país, há falta de uma cultura de valorização da prática na sociedade brasileira. A maioria da população carece de informações para a realização da tarefa e acha que a responsabilidade vai, apenas, até o momento de descarte, não se importando mais com o processo posterior. O efeito desse comportamento é que a não separação dificulta e encarece o processo de reciclagem.       Fica evidente, portanto, que é preciso mudanças no comportamento de todos os setores da sociedade para manter o meio ambiente propício ao progresso. Diante disso, é preciso que o Ministério do Meio Ambiente invista na coleta seletiva domiciliar em todo território nacional por meio do aumento do número de caminhões e funcionários, com regularidade do serviço. É necessário também, que o Governo invista em campanhas publicitárias direcionadas a orientação e ao engajamento da sociedade civil na separação do lixo produzido e descarte correto do mesmo. Além disso, é necessário que a escola promova debates e seminários sobre consumo, tornando os jovens mais conscientes em suas aquisições.