Enviada em: 17/04/2017

Vivendo, no Brasil, desde a implantação do Plano Real um período de ampliação da possibilidade de consumo, o fator sustentabilidade vem se tornando importante na medida em que se pensa nas gerações futuras. Notar a perpetuação de práticas, com vistas a utilização dos recursos naturais, que prejudicam a homeostase da natureza, dá caráter urgente a esse tema, levando em consideração aspectos humanísticos e estruturais.         Quando Kant afirma que "o homem é aquilo que a educação faz dele" demonstra a importância da educação definindo os atos do indivíduo em sociedade. Seguindo a linha de pensamento do filósofo, prevê-se que, em uma sociedade em que o consumo exagerado, além de estimulado, é fator de inserção social, a população utilize indiscriminadamente os recursos naturais. Assim, nota-se a importância da propagação do conceito de desenvolvimento sustentável, visando a quebra desse paradigma.      Outrossim, a baixa atuação do estado de bem-estar social acaba favorecendo a degradação desta que está se tornando "minoria": a natureza. O fraco investimento em ações que visam diminuir os impactos da atividade antrópica, além de prejudicar a conservação do meio ambiente, acaba estimulando o pensamento de exploração pelo fato do exemplo estatal servir de parâmetro ao comportamento do cidadão. Dessa forma, acaba sendo passada, de geração em geração, a perspectiva de que o tema sustentabilidade tem pouca importância.         Fica evidente, portanto, a necessidade de se romper com paradigmas que valorizam o consumo individual, com vistas o bem-estar da coletividade. O Estado deve traçar plano de metas que envolvam assuntos como a criação de reservas ambientais e investimento em produção de energia com matrizes renováveis, tornando-se principal fomentador a ser seguido. À mídia cabe o papel de veicular propagandas que engajem o consumo consciente dos recursos naturais. Desse jeito, construir-se-á, gradativamente, cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades com a preservação da natureza.