Materiais:
Enviada em: 20/04/2017

A Revolução Industrial que teve sua gênese no século XVIII, tornou o sistema capitalista uma realidade à nível global. A partir disso, a forma de consumo influenciada por esse sistema tem sido cada vez maior, sobrepondo o meio ambiente e gerando impactos ambientais, como por exemplo, a poluição de recursos hídricos e as massivas emissões de gases poluentes. Por essa razão, faz-se necessário pautar, como o capitalismo desenfreado tem gerado impactos ambientais no século XXI.                 A Lei de número 12.305 de 2010 que instituiu a PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, possui como vertentes principais a prática de hábitos de consumo sustentáveis, o aumento da reciclagem e a destinação correta de resíduos sólidos no Brasil. Entretanto, ainda são encontrados lixões a céu aberto, gerando contaminação do solo e de lençóis freáticos. Uns dos principais impasses para a solução da problemática são a falta de investimentos em coleta seletiva e centros de reciclagem. Segundo dados da ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos, em 2015 a coleta seletiva estava presente somente em 64,8% dos municípios do país.             O consumo desenfreado hodiernamente representa um dos principais fatores degradantes do meio ambiente. O aumento do consumo faz com que as indústrias aumentem a produção e, por conseguinte retirem recursos não renováveis do meio ambiente, como por exemplo, petróleo, água e minerais. À vista disso, há também as emissões de gases poluentes, que tanto contribuem para as mudanças climáticas. A sociedade contemporânea edificou-se em uma conjuntura, no qual o descartável ganha destaque, fazendo com que a reciclagem torne-se uma prática pouco comum. Nessa conjectura, é válido analisar também que de nada é benéfico o aumento do reaproveitamento sem que haja a redução do consumo e por consequência a diminuição do lixo.            Infere-se, portanto, a necessidade do consumo consciente visando à sustentabilidade. É imperioso que o Estado amplie a oferta de centros de reciclagem e aumente o número de investimentos para a coleta seletiva, com o intuito de expandir o reaproveitamento do lixo. Paralelamente, as Autarquias Municipais devem criar projetos de lei que concedam descontos de impostos, como o IPTU, para cidadãos que separam o lixo e o colocam para a reutilização. A iniciativa privada, por sua vez, compete criar mecanismos, como por exemplo, a logística reversa - principalmente de eletrônicos, no qual o indivíduo devolve para a empresa aquele objeto ou eletrônico que não utiliza mais, para que a mesma faça o descarte de maneira correta. Ademais, as instituições de ensino em parceria com a mídia, devem fomentar o pensamento crítico da população, por meio de debates e campanhas publicitárias, instigando o consumo sustentável.