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Enviada em: 23/04/2017

Conforme a terceira lei newtoniana, para toda ação existe uma reação de mesma força e sentido contrário. Em paralelo a tal preceito físico, as ações antrópicas e o consumo exacerbado degradam o meio ambiente trazendo irreversíveis consequências sobre o próprio homem. Nesse contexto de devastação há alguns fatores que podem ser analisados, tais quais: a obsolescência programada e o individualismo exacerbado.      Quando Karl Max apontou que no capitalismo os bens materiais assumem qualidades que vão além de mera materialidade destacou que a programação da obsolescência é a principal engrenagem que move o consumo. Uma prova disto está na limitação da vida útil de bens que antes eram duráveis a fim de estimular a compra e seu descarte em pouco tempo. Assim, para minimizar o acúmulo de lixo como consequência do capitalismo deve-se atentar ao correto descarte deste recurso.      Ademais, a declaração de Thomas Hobbes de que “o homem é lobo do próprio homem” corrobora a exposição de um dos pilares renascentistas: o individualismo. Comprova-se isto diante da falta da preocupação humana com o próprio lixo produzido. Permanecendo na zona de conforto, o indivíduo exime-se desta responsabilidade e a delega, sobretudo, aos gestores municipais. Diante disso, compreende-se que o indivíduo deve comportar-se também como agente de transformação para a melhoria da sociedade.      Em vista dos fatos elencados, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que as empresas responsabilizem-se pelo devido tratamento do descarte de seus produtos obsoletos. Esta ação conjunta entre indústria e cooperativas de catadores de lixo pode gerar empregos e potencializar os lucros com o reaproveitamento deste recurso. Além disso, as ONGs e a mídia podem fomentar a ativa participação da sociedade por meio de palestras periódicas e campanhas publicitárias que eduquem para o consumo sustentável. Assim, as desastrosas reações previstas pela lei de Newton poderão ser atenuadas.