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Enviada em: 15/05/2017

"Vivemos tempos líquidos, onde nada é para durar". Bouman, filósofo polonês,nessa passagem, denuncia o imediatismo e fluidez das relações no mundo contemporâneo. Nesse sentido, inclui-se a atual sociedade de consumo em massa ,em contra partida a preservação do meio ambiente , sendo imprescindível estabelecer um equilíbrio entre os dois.Contudo,no Brasil, essa dicotomia possui entraves de âmbitos social e econômicos.      Primeiramente , deve-se pontuar a influência da indústria cultural , a qual molda não só comportamentos, mas também padrões de consumo. Nessa perspectiva, encontram-se estratégias tais quais o "fetichismo", definido pelo pensador inglês Karl Marx , como a ressignificação do produto , dando a ele simbolismo e status e a obsolescência programada , a fim de tornar o consumo algo, por vezes , constante e irracional. O resultado é um ciclo vicioso , ao passo que  contrapõem-se ao princípio de sustentabilidade , também promulga o esgotamento de recursos naturais e produção  excessiva de lixo , impactando diretamente no meio ambiente.      Além disso, é preciso ressaltar o setor do agronegócio como maior consumidor de fatores naturais em nosso país, sendo por exemplo responsável pelo uso de cerca de 70% dos recursos hídricos brasileiros, segundo o IBGE. Todavia, visto suas fortes influências política e econômica, tanto subvertem a fiscalização dos órgãos públicos , quanto exercem poder coercitivo sobre pessoas e instituições , prejudicando a plena apuração de denúncias e punição de seus crimes. Caso sintético é o do seringueiro Chico mendes, morto em 1988 a mando de fazendeiros , já que era extremamente atuante no ativismo pela preservação da floresta Amazônica.       A nação, portanto, tem um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação de ONGs de caráter humanitário, junto a redes sociais como Facebook e Twitter, com a veiculação de campanhas em vídeo ,as quais visem salientar as estratégias da Indústria cultural, para população , desconstruindo seus padrões impostos e orientando para um consumo consciente. Também é necessária a ação do Ministério público, junto aos Municípios, com a criação de auditorias ,no intuito de não só melhor fiscalizar o setor Agroindustrial a respeito de sua expansão nociva a fauna e flora, mas também levar seus crimes a coro de maneira mais dinâmica , protegendo tanto o meio ambiente, quanto os setores sociais denunciadores. Assim, talvez, por meio dessas medidas , estabeleça-se um maior equilíbrio entre o homem e a Terra .