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Enviada em: 19/06/2017

Termos como consumismo e sustentabilidade rondam a sociedade gerando confrontos acerca dos impactos ambientais causados pela sociedade líquida e seus excessos descartáveis. Mediante um contexto histórico, não há como negar que a partir da Revolução Industrial houve um aumento desastroso de produtos no mercado, por conseguinte seu descarte errôneo no contexto de macrocefalia urbana. Diante de tal problemática é preciso analisar os vetores responsáveis por referida crise ambiental e social, e discutir meios para driblá-la.      A indagação que surge, então, é: o que levou a sociedade vivenciar impactos ambientais desastrosos? Em um primeiro olhar, pode-se afirmar que há no Brasil uma realidade de consumo e descarte exagerados, intensificado a partir da década de 80, em que ocorreu a popularização de ideais capitalistas com o apoio da mídia. Isso significa que, foi construída, assim, a concepção das tendências de mercado, por exemplo: o produto lançamento deveria ser substituído por aquele anterior em perfeito funcionamento. Esta realidade está inserida nas ideais de Bauman acerca da "sociedade líquida", a qual perdeu a sensibilidade de convívio coletivo e de noção do ser inserido em um nicho ecológico. Em síntese, o mundo pós-moderno vive a crise dos impactos ambientais gerado pelo modo de vida contemporâneo.        Outro ponto importante a se debater é a degradação da natureza, em destaque os problemas causados pelos lixões - pesquisas alegam existir mais de 2.000 depósitos irregulares de resíduos sólidos no país- os quais são intensos nos centros urbanos, que pelo seu crescimento desordenado e sem planejamento (sintomas da macrocefalia urbana) o governo não consegue sustentar as necessidades da população. Ademais, é relevante destacar além da contaminação de mananciais pelo chorume proveniente dos lixões, também o aumento da população de pragas ( baratas e ratos), fatores que afetam a qualidade de vida dos brasileiros, sendo assim, de acordo com teóricos da filosofia higienista, marcas de uma civilização não desenvolvida.        Por fim, entende-se que é elementar promover o consumo consciente e a adoção de medidas sustentáveis. Logo, a fim de reverter esse processo, torna-se pontual que o governo promova a coleta seletiva nas cidades, partindo de uma conscientização da população, que será feita por equipes de porta-porta, as quais explicarão aos moradores como procederá o novo sistema de coleta. Além disso, é imprescindível que aumente as fiscalizações, a fim de findar com o depósito inadequado de rejeitos. Dessa forma, acredita-se que será possível driblar os impactos ambientais no contexto do século XXI.