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Enviada em: 29/06/2017

Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa no Brasil, cultiva-se a ideia de que nossos recursos naturais são infinitos. Sobre esse pensamento, estrutura-se as práticas da sociedade atual que consome com pouco critério e não planeja o destino do que é gerado em termos de resíduos. Em grande medida, a falta de conscientização acerca do tema em questão reflete o pouco esclarecimento da sociedade civil e a falta de medidas efetivas que responsabilizem as empresas.      De acordo com Immanuel Kant o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade se assenta no problema da educação. Nessa perspectiva, podemos inferir que uma sociedade mal alimentada em informação não será capaz de compreender os efeitos que poderão advir de um consumo indiscriminado, sobretudo, em matéria ambiental. Além disso, o pouco empoderamento do cidadão limita seu senso crítico e exercício político, essenciais na cobrança de atitudes das autoridades que o representa.       É fundamental perceber ainda que o setor industrial, responsável direto na produção de objetos que tornar-se-ão resíduos, deve exercer seu papel no encaminhamento correto desse material. Embora tenhamos avançado em legislações que normatizem o assunto, a gestão integrada e sustentável do lixo, com a efetiva participação das empresas, como é previsto na política nacional de resíduos sólidos, não vem sendo cumprida. Em consequência, menos trabalho é gerado, menos dinheiro retorna à economia brasileira e danos como a poluição de aquíferos são verificados.   Diante do exposto, podemos extrair que o caminho para a sustentabilidade passa por um disciplinamento econômico e social. Dessa forma, convém que as escolas promovam, mensalmente, oficinas práticas que demonstrem às crianças o caminho correto a ser feito pelo lixo e os efeitos de sua má gestão. Cabe também ao governo normatizar e condicionar a operação de parques industriais ao reaproveitamento de maioria do que produz, injetando os recursos obtidos na economia local.