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Enviada em: 24/06/2017

Não é difícil lembrar da imagem de acúmulos de lixo em margens de rios ou em meio florestais. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que o consumo está em um ritmo acelerado e não há uma preocupação com os materiais descartados.       Um dos tópicos que devem ser abordados é a cultura do obsoleto. A Segunda Revolução Industrial foi responsável pelo processo de diversificação dos produtos, a partir dela os consumidores foram apresentados a itens constantemente aperfeiçoados. Muitas décadas se passaram, desde então, e a herança deixada pela alteração no método de produção é cada vez mais prejudicial ao meio ambiente. Isso se deve a uma realidade de contante obsolescência apoiada por um pressão social que induz o indivíduo pensar que sempre precisa do novo. Um exemplo deste tipo de produto é o telefone celular, pesquisas indicam que há mais celulares do que indivíduos no Brasil, tal situação pode ser explicada pela contante troca dos aparelhos; todo dia o mercado lança um aparelho com novo visual ou mais sofisticado.         Ademais, não há dúvidas que a despreocupação com o destino do materiais descartados contribui para agravar o problema. O ano de 2014 foi o último prazo para todos municípios deixarem de usarem lixões como forma de descarte do lixo; neste método não há uma preocupação no tratamento de resíduos sólidos, logo gera a contaminação do meio natural. Como consequência desta, há a poluição das reservas de água e o processo conhecido como biomagnificação trófica, em que ocorre o acúmulo de materiais não biodegradáveis nos organismos, aumentando ao longo da cadeia alimentar. O responsável de tal processo é principalmente o lixo eletrônico, pois possui vários metais pesados em sua composição. Nesse contexto a situação brasileira mostra-se preocupante, já que apenas 2% do lixo eletrônico recebe o destino correto.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, as empresas de tecnologia devem ser obrigadas, pelo governo, a destinar 20% do seus investimentos em pesquisas para a reciclagem do seus produtos obsoletos, além de terem que disponibilizar locais de coleta para seus produtos antigos. Dando continuidade, O legislativo deve multar os municípios que ainda usarem lixões, e o dinheiro arrecadado será investido em ONG's que tenham como objetivo realizar a reutilização de materiais descartados. E por fim o poder público deve desenvolver juntamente com os meios de comunicação campanhas midiáticas, para educar a população sobre o consumo consciente. Só assim o problema dos impactos ambientais causados pelo consumismo contemporâneo será resolvido.