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Enviada em: 03/07/2017

​                     O medo do futuro nos faz repensar neste estilo de vida consumista.  Na segunda metade do século XVIII, o processo industrial institucionalizou o consumo como realidade social. As indústrias baratearam e criaram um mercado de oferta, permitindo a mais pessoas consumirem. Conforme os anos se passaram esse fenômeno foi tomando escalas globais, chegando a resultados extraordinários. Contudo, quase três séculos depois, percebemos suas consequências desastrosas e o medo do futuro nos faz repensar neste estilo de vida consumista.   A priori, é interessante relembrar um evento muito importante da década de 90: a Rio 92. Este evento marcou, de forma simbólica, a mudança de perspectiva em relação ao impacto humano no planeta. Pela primeira vez, o ser humano percebeu que o aquecimento global, o efeito estufa, as extinções em massa, o desequilíbrio ambiental e tantas outras catástrofes são por conta de um modo de vida parametrado em um sistema de consumo irresponsável.   Além disso, é imperativo entender que o consumismo é um modo de vida orientado no consumo de bens e serviços. Logo, sabendo que todo objeto de consumo gera impactos, por menor que seja, ao meio ambiente, é claramente inteligível que, com a acrescente demografia, acessibilidade e globalização, o consumismo tende a crescer e, como consequência, o impacto humano na biosfera.    Dessa forma, entendendo que o consumo irresponsável consiste em não se importar com a origem, ou com o modo de produção do produto a ser consumido, ou até mesmo com o retorno do produto ao ciclo natural de forma a preservar o equilíbrio ambiental, percebemos que já se passaram 25 anos ignorando os fatos (já comprovados) que abalaram o ano de 92, e que a irresponsabilidade se torna cada vez maior a cada minuto de omissão. Sendo assim, a melhor profilaxia circunda a conscientização. As escolas como ativas a médio e longo prazo devem tomar papel de precursoras, isso é um fato. Com matérias direcionadas e trabalhos ao ar livre, as escolas devem induzir aos alunos ao entendimento sustentável. Ademais, o trabalho do Estado é primordial, pois é o único que pode tomar medidas punitivas que sejam verdadeiramente efetivas. Multas é um exemplo evidente dessas medidas. Por fim, o trabalho individual é imprescindível. A coleta seletiva é individual e deve se tornar realidade brasileira. Somente assim, sem dúvida, garantiremos que o consumo, que trouxe diversos avanços (principalmente na qualidade de vida), se transforme em um dos nossos maiores problemas, se não o maior.