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Enviada em: 21/08/2017

Em meados do século XX, deu-se início a Terceira Revolução Industrial e, junto a ela, o Toyotismo, que se tornou o modelo de produção vigente até os dias atuais. Com a prática do “Just in time”, os produtos sofreram uma grande modificação, passando a ter uma obsolescência programada. Essa atitude desencadeou a prática do consumo desenfreado, carregando como consequência grandes impactos ambientais, que não são considerados no momento da compra das mercadorias. Assim, verifica-se que o homem não é fruto do meio e sim o meio se torna um fruto das atitudes impensadas do homem.       Em princípio, considerando a alta do consumo de eletrônicos, deve-se levar em conta a enorme demanda de energia necessária para a produção de tais produtos. Com isso, tem-se a intensa utilização de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural para o fluxo contínuo da indústria. Entretanto, a queima de tais combustíveis libera gases que agravam o efeito estufa, aumentando a temperatura do planeta, causando o aquecimento global. Assim, é contínua a busca por fontes alternativas ao petróleo, porém, tal tarefa exige um grande investimento de capital.       Além disso, com os produtos já prontos para uso, há necessidade da utilização de energia elétrica para garantir seu funcionamento. O grande problema referente à essa energia é a forma como ela é extraída do meio ambiente. No Brasil as hidrelétricas são as maiores produtoras de eletricidade, então é possível verificar que a região de instalação de tais usinas, torna-se inóspita, destruindo a flora e fauna local, mudando os cursos de rios, fazendo com que populações ribeirinhas sejam prejudicadas.       Ademais, há a questão do excesso de lixo eletrônico (e-waste) produzido na sociedade de consumo. Assim, sendo os equipamentos eletrônicos os produtos mais consumidos, são também os lixos com maiores empecilhos para o descarte. Isso se deve pela quantidade de produtos químicos presente neles, gerando uma alta taxa de resíduos tóxicos e seu descarte indevido causa danos ao solo, contaminando os lençóis freáticos, e, consequentemente, à população.       Logo, é inegável que o consumo tem impacto direto no meio ambiente, porém, acaba sendo ignorado em meio ao mundo capitalista atual. Portanto, cabe ao Estado investir em pesquisas, principalmente no meio universitário, a fim de gerar um desenvolvimento de tecnologias para realizar a substituição dos combustíveis fósseis. Também é função do Estado e das grandes empresas investir em outras fontes de energia, como usinas eólicas e solares, que, apesar de serem energias limpas e renováveis, têm um alto custo, gerando baixo interesse populacional. Já o lixo derivado da obsolescência programada, é função das próprias empresas produtoras de tais tecnologias fornecerem postos de coleta específicos, a fim de gerar um descarte correto e que deixe de agredir o ambiente.