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Enviada em: 10/10/2018

Consumo responsável     Desde o desenvolvimento da maquinofatura, que engrenou a Revolução Industrial na Inglaterra, a produção em larga escala imperou no contexto econômico capitalista. Desse modo, no intuito de expandir o mercado consumidor, a lógica consumista foi estimulada na sociedade brasileira, promovendo, assim, no século presente, danos ao meio ambiente - como a produção demasiada de resíduos sólidos.   Previamente, é preciso destacar a tradição consumista dos brasileiros. Isso remota desde a transferência da corte portuguesa para o Brasil e a consequente abertura dos portos que permitiu a comercialização direta com os ingleses, fato que levou a nação a adquirir não só bens de necessidade mas também mercadorias fúteis. Por conseguinte, hábitos consumistas foram perpetuados na sociedade e passaram a atuar como marca de distinção, capital e poder, já que em um país envolto a desigualdade social a ideia de sucesso, geralmente, é acompanhada da possibilidade de aquisições.    Esse cenário, contudo, reflete nos impactos ambientais gerados pela exploração desmedida dos recursos naturais e, também, pelo descarte inadequado de seu produto modificado. Isso ocorre, principalmente, quando o setor econômico instiga o consumismo nos indivíduos além da sua necessidade real - por exemplo, com artifício da propaganda, da redução da vida útil do produto ou ainda  na multiplicação de opções de mercadorias descartáveis. Assim, pode-se compreender os dados da pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrlpe), que apontam um aumento de quase 30% na geração de lixo entre os anos de 2003 a 2014.    Em meio a isso, solução mais viável para superar os impactos ambientais do consumo no novo século é, portanto, a regulamentação e a aplicação de políticas públicas, pelo Estado, que visem o desenvolvimento sustentável. Para isso, é preciso que se estabeleça uma parceria público-privada em prol dessa ideia. Desse modo, o Ministério do Meio ambiente, poderia articular com setores da economia medidas estratégicas sustentáveis, como a implementação do modelo de Economia Colaborativa, isenção fiscal  parcial para empresas que promovem e investem em ações sustentáveis e a divulgação na sociedade sobre os impactos do consumo inconsciente .Nesse sentido, espera-se como efeito uma relação mais harmônica entre as necessidades humanas e os recursos ambientais e, por fim, a promoção do consumo responsável.