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Enviada em: 29/07/2017

No ano de 2017, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris levantou diversos debates sobre o aquecimento global e suas medidas de mitigação. Embora existam aqueles que discordem, os impactos ambientais decorrentes da ação humana são reais e se intensificam ano a ano com a negligência das nações em impedi-los. Fatores de caráter econômico, bem como cultural, expressam a urgência de mudanças nesse cenário.    É importante pontuar, de início, a influência de interesses financeiros nas atividades degradantes ao ambiente. À guisa de Karl Marx, no mundo capitalista, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais, como é ratificado pelo fenômeno da obsolescência programada. Ao reduzir a vida útil dos aparelhos, as grandes indústrias estimulam o consumo exacerbado, que acarreta em maiores explorações dos recursos naturais. A prioridade dada aos rendimentos econômicos em detrimento da preservação ambiental expõe o lado perverso do sistema vigente.    Outrossim, tem-se a criação de uma cultura de forte valorização dos objetos. Ainda no século XX, as indústrias de propaganda expandiram seu mercado, alterando os valores da sociedade para seu benefício. Como reflexo dessa realidade, atualmente, a ideologia do "ter para ser" é amplamente difundida, conquistando jovens do mundo todo com a falsa noção de felicidade atrelada às mercadorias. Além de distanciar as pessoas da busca pela sustentabilidade, esse fato impulsiona ainda mais a exploração da natureza para atender a essa crescente demanda por produtos.