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Enviada em: 19/08/2017

Na visão do filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher seu modo de agir. Sendo assim, recai sobre o homem o dever de tornar suas práticas mais sustentáveis e éticas. Os impactos ambientais do consumo no século XXI, problema social que traz diversas consequências não só à população humana, mas também ao equilíbrio do ecossistema, reflete essa realidade. Desse modo, faz-se necessário encontrarmos meios eficazes para que essa adversidade seja mitigada.     Com o advento do capitalismo, aliado, posteriormente, à globalização, as relações de compra e venda de produtos no mundo pós moderno tornaram-se mais fluidas, isto é, hodiernamente, diferentes produtos industrializados, por exemplo, são acessíveis às classes sociais predominantes no país, como a classe média. Indubitavelmente, isso traz consequências, como a compra desenfreada aliada a um consumo que não adota práticas sustentáveis, causando, posteriormente, malefícios aos cidadãos e ao meio ambiente. Vale ressalta que a ausência de incentivos estatais contribui para a intensificação do problema em pauta.       Segundo o Instituto de Pesquisas da USP, o consumo irresponsável é um dos fatores que contribui para enchentes e alagamentos. O descarte irregular de produtos industrializados e móveis, por exemplo, que deveria ser feito por meio da coleta seletiva, causa obstrução de canais captores de água, ocorrendo, assim, tais adversidades. Dessa maneira, a população adjacente pode adquirir doenças, como a leptospirose. As espécies vegetais, como plantas briófitas, também são afetadas, pois seu tecido pode reter do meio externo substâncias químicas e até metais pesados - provenientes de produtos industriais - interrompendo ou reduzindo suas vidas.        Posto isso, cabe ao Ministério da Educação, aliado ao Ministério da Saúde, elaborar materiais didáticos, como histórias em quadrinhos, para alunos do ensino fundamental e médio, com um conteúdo que aborde acerca dos impactos ambientais causados pelo consumo exagerado e desenfreado, conscientizando, desde cedo, os jovens. O Governo Federal deve ampliar os postos de coleta seletiva e, simultaneamente, organizar palestras públicas - nos centros urbanos - ministradas por defensores ambientais, objetivando mostrar às pessoas tipos de práticas que não agridem o meio ambiente.