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Enviada em: 20/09/2017

Um das grandes aspectos da sociedade contemporânea, seguido da perspectiva durkheimiana, é a fato social chamado consumismo. Diariamente, desde que nascemos, somos alienados às ideologias da indústria cultural, da globalização e do capitalismo que, consequentemente, impõe a sobreposição da necessidade pelo desejo de ter. Esta lógica consumista traz uma frivolidade temporal aos bens de consumo, assim como, as vezes o descarte errado, além do aumento da exploração de recursos naturais para continuar produzindo e dando continuidade ao ciclo. Destarte, o consumismo pode ser considerado um dos grandes vilões causadores de impactos ambientais, portanto, deve ser combatido.   Nossa sociedade basea-se no consumo, somos bombardeados com propagandas de celulares, carros e vários outros bens de consumo. Aprendemos desde cedo que possuir é, de alguma forma, ter poder. Esforços para o crescimento sustentável como a Rio +20, que propunhava a preservação do meio ambiente com medidas que visam a diminuição de poluentes e a exploração de recursos naturais, mostram a preocupação com o futuro do planeta. Todavia, apesar dos esforços governamentais, é necessário, também, uma reeducação a respeito do consumismo direto no berço dos indivíduos.   Ademais, a poluição causada pelas indústrias, há também o descarte irregular dos produtos quando estão estragados ou simplesmente foram trocados. Estamos vivendo na era tecnológica, movida por baterias de lítio e circuitos eletrônicos que quando descartados de forma errônea causam a poluição de solos e rios. Ou seja, desde quando um produto é produzido, vão se toneladas de água, produtos químicos, força de trabalho e energia, e durante todos esses processos há um dano ao meio ambiente e quando é descartado mais um dano acontece. Dessa forma, cabe ao consumidor parar o ciclo e ter um consumo consciente e sustentável, conforme disse Paul Atson, fundador do Green Peace, “a inteligência é a habilidade das espécies em viver em harmonia com o meio ambiente”.   Portanto, o Estado é um maior agente possível no desenvolvimento de cidadãos mobilizadores da conservação ambiental. Em um primeiro momento, ele deve instruir e promover o desenvolvimento de órgãos como Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) para fiscalizar propagandas abusivas que estimulem o consumismo desenfreado. Outrossim, o Ministério da Educação juntamente com o Terceiro Setor devem estimular campanhas, palestras e aulas em escolas, vias públicas – ministradas por ambientalistas e economistas – que visam debater a respeito do consumo consciente, o uso dos 4R’s (repensar, reduzir, reutilizar e reciclar), ou seja, a preservação ambiental e reeducação. Desse modo, será possível criar indivíduos com consciência a respeito do consumismo e do papel que cabe a nossa espécie no meio em que vivemos.