Materiais:
Enviada em: 19/09/2017

Decorrências do Consumismo Desenfreado                Segundo Isaac Newton, na natureza, toda ação gera uma reação de iguais direção e intensidade e sentidos opostos. Nesse contexto, a hodierna visão econômica imediatista, associada ao gerenciamento capitalista de recursos ambientais tem caminhado rumo a consequências extremamente intensas - e que, se não acentuadas, tornar-se-ão irreversíveis.                         Primordialmente, é incontrovertível que a teoria marxiana é aplicável à engrenagem atual. Desse modo, a busca desenfreada pelo lucro rege os modos de produção, nos quais é válido destacar práticas como a obsolescência programada, produtos feitos para ter utilidade em um curto período de tempo, assim como a massificação da publicidade que induz os indivíduos a ser o que eles possuem. Essas técnicas utilizadas acentuam o consumismo na sociedade, que gera problemas psicológicos nas pessoas como depressão e ansiedade, como também ambientais, como a excessiva produção de lixo.                       Nesse ínterim, a problemática do lixo é extremamente importante nos dias atuais. Além do descarte incorreto do lixo, por exemplo nos lixões à céu aberto que produzem o gás metano e contaminam o lençol freático, é relevante ainda atentar-se para os resíduos eletrônicos, também denominados de e-waste. Pela rápida obsolescência dos produtos eletrônicos, esse tipo de resíduo cresce exponencialmente no mundo, ao nível de já existir no mundo países virando "depósito de lixo eletrônico" dos países mais industrializados, como Gana que recebe e-waste da Alemanha.                      Outro ponto, é a questão dos plásticos nos mares e oceanos, a indústria dos polímeros é uma das que mais crescem no mundo, no entanto uma garrafa pet demora cerca de cem anos para se decompor e muitas são despejadas no ambiente marinho. Ao passar do tempo, esse plástico vai se fragmentando em pequenos pedaços, a fauna marinha é diretamente afetada por ingerir esses pequenos plásticos e morrer por isso. Segundo o PNUMA, Programa Ambiental das Nações Unidas, 90% de todos os detritos dos oceanos são compostos por plástico.                       A lógica capitalista que alavanca o consumismo, portanto, traz consequências gravíssimas para o meio ambiente. Para minimizar tal impasse, é necessário que as ONGs locais promovam sistemas de reciclagem e coleta seletiva com a ajuda da população, bem como palestras de conscientização do consumo com psicológos e ambientalistas para as diversas faixas etárias. O Ministério do Meio Ambiente junto com os polos universitários poderiam criar centros de reuso dos lixos eletrônicos, para que os mesmos não percam a finalidade e ajude produções tecnológicas futuras. Dessa forma será possível frear os efeitos do consumismo.