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Enviada em: 21/09/2017

A celeuma sobre os impactos ambientais do consumo no século XXI vem hodiernamente tomando espaço na sociedade. Consoante observava o ensaísta francês Joseph Joubert, o objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso de ideias. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca do consumismo e seus impactos é substancial para que haja soluções eficazes e peremptórias.       A filosofia positivista, proposta por Auguste Comte, entende que os fenômenos naturais e sociais podem ser explicados e organizados pela observação científica e, preferencialmente, aplicados em benefício humano. Porém, ao passo que a ciência e a tecnologia, alardeadas pelo filósofo, proporcionaram a criação potencializada de eletroeletrônicos, o homem, ao promover o uso indiscriminado desses aparelhos, intensificou a ocorrência da obsolescência programa. Contudo, essa veemência da utilização de aparelhos a curto prazo gera o lixo eletrônico, que quando descartado no meio ambiente, por possuir substâncias químicas, pode provocar contaminação do solo e da água, causar doenças graves em pessoas, além de demorar muito tempo para se decompor.       Karl Marx via o coletivo como forma de suplantar as deficiências do modelo individualista do capitalismo. De forma semelhante, observa-se que a necessidade de ações protetoras do meio ambiente, especificamente das zonas de proteção ambiental urbana, são provenientes de uma preocupação coletiva em detrimento de interesses individuais egoístas e destrutivos, baseados no acúmulo de capital. Entretanto, ao passo que a tecnologia conquista espaço na sociedade, a preocupação com o meio ambiente, por parte da população, torna-se mínima, causando grandes danos a vida das pessoas e ao meio em que vivem.        Para o escritor Isaac Asimov, se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los. Portanto, para se conseguir resolver os impactos ambientais obtidos através do consumo, deve haver projetos de extensão universitária das faculdades, promovidos pelo Ministério da Educação, de Ecologia e Engenharia Ambiental com ciclos de palestras abertas à população sobre o desenvolvimento econômico sustentável e relações entre homem e natureza; devem, ainda, existir campanhas midiáticas, promovidas pelo Ministério das Comunicações com apoio do Governo e de ONGs, sobre os impactos ambientais causados pelo consumo exacerbado; além disso, devem ser desenvolvidos projetos escolares abertos à comunidade sobre educação ambiental.