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Enviada em: 30/09/2017

No ano de 2012, ocorreu no Rio de Janeiro a conferência Rio+20, onde as nações reuniram-se para discutir os principais impactos ambientais que acometem o século XXI. Tal conferência demonstrou aos países que o planeta vive uma perigosa caminhada em direção a escassez de recursos naturais, devido ao consumo exacerbado das pessoas, e a grande acumulação. Nesse sentido, não somente é importante a compreensão dessa realidade, mas também a criação de medidas que freiem a mesma.        Segundo o sociólogo polonês Zygmund Baumand, o mundo moderno caracteriza-se pela rapidez. Em concordância com o dito do autor, a sociedade contemporânea, movida pelo capitalismo selvagem, tem hábitos extremamente consumistas, baseado na rápida obsolência dos bens. Dessa forma, é comum  vermos os cidadãos comprarem dois ou mais aparelhos celulares, televisores, carros ou computadores, apesar de os seus antigos pertences ainda estarem em perfeito estado. Nesse cenário, a escassez de recursos naturais é iminente, haja vista que as empresas consomem cada vez mais essas riquezas em prol da máxima lucratividade. Sendo assim, esses costumes devem ser combatidos, principalmente, pela sociedade, visto que a sua insustentabilidade é flagrante e põe em risco a própria existência dos seres humanos no planeta.         Aliado a isso, a acumulação do lixo, gerado por tal cultura de consumo, e o seu apropriado descarte são outras questões preocupantes. Nesse contexto, a vida cotidiana e o funcionamento da indústria geram, diariamente, bilhões de toneladas de dejetos por dia, sendo que a maior parte desta é descartada de maneira incorreta, assim, gerando diversas complicações ambientais. Um bom exemplo disso são os lixões, presentes, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Esses locais são depósitos de lixo à céu aberto, onde existe a mistura de detritos domésticos, industriais e, até mesmo, hospitalares. Tal forma de descarte gera diversos prejuízos às comunidades que os cercam, como a contaminação dos lençóis freáticos, acidentes com perfurocortantes - que ocorrem, sobretudo, em crianças- e a proliferação de vetores de doenças.        É seguro afirmar, portanto, que os hábitos consumistas vigentes no século atual geram inúmeros impactos ambientais e, por isso, devem ser combatidos. Para tanto, a sociedade civil organizada, por meio de ONGs desse cunho, deve criar campanhas publicitárias que promovam a adoção dos "3 Rs" da sustentabilidade - reduzir, reutilizar e reciclar- pelos indivíduos, visto que essas 3 ações são imprescindíveis para alcançar um equilíbrio ambiental. Ademais, cabe ao Governo Federal aumentar a abrangência e o poder do Ministério do Meio Ambiente, por meio da criação de forças tarefas com o objetivo de fiscalizar crimes ambientais, para assim, construir um país, verdadeiramente, sustentável.