Materiais:
Enviada em: 29/10/2017

No Pós-Primeira Guerra, os Estados Unidos passaram a exportar o “American Way Of Life”, que estimulava o consumo de produtos industrializados como meio para se alcançar a felicidade. Não obstante, o consumo exagerado tornou-se o principal responsável pela intensificação dos impactos ambientais no Brasil, seja pela exploração de recursos naturais ou pelo descarte inadequado de bens. Nesse sentido, é indubitável um debate acerca das razões e implicações dessa prática ao ambiente.    Nessa perspectiva, o advento da Revolução Industrial incorporou avanços técnicos ao processo produtivo, o que, consequentemente, aumentou o excedente de produtos. Como resultado disso, surge a sociedade de consumo, base do capitalismo, que passa a incentivar o uso de bens industriais e a propagar a o consumo em massa. Nesse ínterim, para atender a demanda da indústria, a exploração excessiva de matérias primas da natureza torna-se comum. Soma-se a isso, o transporte de materiais e o uso indiscriminado da água e da energia elétrica. Com efeito, há uma interferência no equilíbrio ambiental, em razão dos gases poluentes emitidos em grandes quantidades, das áreas devastadas e da perda de espécies e habitats, e, assim, ecossistemas são afetados e mudanças climáticas produzidas. Destarte, fica claro que a ação humana prejudica o meio ambiente.    Paralelo a isso, segundo Theodor Adorno, o sistema capitalista, através da Industrial Cultural, implanta a necessidade de consumo nas pessoas. O capitalismo, então, não vende apenas produtos, mas uma pseudo-felicidade que desperta um desejo compulsório pelo supérfluo. Assim, os meios de comunicação distorcem o mundo e impregnam estereótipos, o que causa perda da capacidade de agir moralmente. Aproveitando-se disso, a publicidade, em vez de propor um consumo racional, explora pontos vulneráveis do público para convencê-lo a comprar. Outrossim, as empresas desenvolvem produtos dentro da lógica da obsolescência programa com intuito de vender mais. Contudo, o que acontece é um aumento na produção de lixo e na utilização de matérias primas, que quando destinados de forma inadequada contaminam solo, água e ar, agravando os problemas ambientais.    Torna-se evidente, portanto, que o padrão de consumo é a raiz dessa crise. Logo, o Poder Público, no intuito de reduzir a produção de resíduos, precisa lançar programas de incentivo à reciclagem, por meio de isenção fiscal às empresas que praticam logística reversa. A mídia deve propagar informativos, que além de estimular a reutilização e a separação de materiais para reciclagem, inibam termos apelativos que apenas incitam a compra, gerando um consumo consciente. A sociedade deve agir racionalmente, mediante boicote às empresas que descumprem a legislação e prejudicam o ecossistema, além de cobrar das autoridades o combate à degradação. Assim, garantir-se-á o equilíbrio ecológico.