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Enviada em: 28/09/2018

A água constitui cerca de 70% do nosso corpo, e é uma das nossas principais fontes de vida. Ela está inserida diretamente na existência e necessidade de sobrevivência de humanos, animais e plantas. Apesar do Brasil possuir cerca de 12% da água doce superficial do mundo, o país possui áreas críticas, onde a escassez - seja por má distribuição ou mau uso -  deixou de ser apenas uma ameaça e hoje nos traz inúmeros impactos sociais e econômicos.     Em primeira instância, com a limitação do acesso à água temos impactos na segurança alimentar e na economia brasileira. Sabemos que grande parte da economia do país é movimentada pela agropecuária. E, também sabemos que a água é fator primordial para a manutenção dessa atividade econômica. Com o acesso limitado ao recurso, a curto prazo, temos produções afetadas e aumento nos valores dos produtos finais, fato que restringe o acesso ao alimento para as populações mais pobres. A médio e longo prazo, temos não só aumento dos preços, mas também falta de alimentos, tanto para exportação (afetando nossa economia), quanto para o consumo interno (afetando a economia e as inúmeras famílias brasileiras).    Em segunda instância, o desemprego e a debilidade energética estão associadas à escassez deste recurso. Segundo uma pesquisa da FIESP, em São Paulo foram fechados, num período de 14 dias,  mais de 3 mil postos de trabalho devido à uma crise hídrica. Além disso, a fundação relatou a migração de várias indústria para regiões onde houvesse disponibilidade maior de água. Ademais, sabemos que a principal matriz energética do país é a água. Conforme o Governo do Brasil, as usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do país. Então, em situações de escassez, temos baixa nos volumes hídricos e uma menor produção de energia. O que nos traz como consequência o aumento nas contas de luz e em outros setores dependente de energia elétrica.   Portanto, é inegável a necessidade de um consumo otimizado da água para que estes e outros impactos não sejam rotineiros na vida dos brasileiros. A priori, a Associação Nacional de Água junto ao Governo do Brasil devem criam um setor responsável pelo monitoramento do gasto de água na lavoura e pecuária, com base em uma estimativa estudada e estabelecida, usando como critério espaço e garantia da produtividade máxima. As propriedades que ultrapassassem a média deverão ser multadas e em casos graves de mau uso, ter a disponibilidade do recurso reduzido por um tempo determinado. A posteriori, esse monitoramento e fiscalização devem ser expandidos também para indústrias, depois para os demais setores do país e por fim para as residências. Outrossim, o país deve investir em matrizes energéticas alternativas para casos de emergência. Reduzindo assim a força dos impactos.