Materiais:
Enviada em: 30/09/2018

No intenso filme "Mad Max - Estrada da fúria", tem-se um cenário apocalíptico em que a raça humana quase foi extinta e a água é um recurso tão raro que só os mais fortes e poderosos têm acesso. Saindo do universo cinematográfico e partindo para uma análise no contexto "real", a falta de acesso à água em futuros próximos, se retrata em filmes como esse, em que o desrespeito a humanidade e a ganância dos mais influentes geram um quadro de vulnerabilidade, principalmente, para pessoas mais humildes, que já não possuem acesso a algo tão vital e necessário como à água. Desse modo, é essencial discutir quais os geradores e os impactos causados pela escassez da água no atual século.    Analisa-se, de início, que a água é, naturalmente, o centro da vida, mas também é o centro da atividade econômica, dessa maneira, um dos principais impactos da escassez de água, seria graves problemas na manutenção das práticas econômicas em todos os países, principalmente, os emergentes. Tal fato se explica, pela monopolização e domínio da água por uma classe altamente capitalista e soberana, que não possuí interesse em lidar com o futuro da humanidade, permanecendo, assim, uma sociedade apática, dominada por um sistema fantasioso, que retira da natureza mais do que ela pode oferecer. Prova disso é que de acordo com o Banco Mundial, cerca de um quarto da população do mundo, o equivalente a 1,6 bilhão de pessoas, vive em países onde a água já é escassa.    Pontua-se, ainda, que o Brasil apesar de ser o país com a maior quantidade de água  disponível per capita no mundo, sofre com a mal distribuição territorial desse recurso hídrico. Tal situação acarreta em uma série de impactos tanto para o meio ambiente, como para a população, pois a agricultura e a energia - vinda, principalmente, de hidrelétricas - faz com que, declinem seus abastecimentos e percam seu potencial de geração de energia. Diante disso, agricultores têm a necessidade de aumentar o preço de seus alimentos e as companhias distribuidoras são obrigadas a usar as termoelétricas, produzindo energia muito mais cara e, portanto, repassando esse custo para os consumidores.    Compreende-se, por conseguinte, que ações devem ser feitas em prol de uma verdadeira valorização da água. Assim, urge que o Ministério das Comunicações imponha aos meios de comunicação divulgações diárias do quadro hídrico, não apenas em épocas de crise hídrica, mas diariamente, com pautas sobre esse tema em programas de televisão e rádios, em horários estratégicos para que toda população consiga ver, pois irá gerar aos poucos uma consciência cidadã. Outro fator coadjuvante é que escolas, proponham a seus alunos, eventos mensais sobre como melhorar o manuseamento e reutilização da água, com o uso da tecnologia e apoio dos professores, pois, assim, formar-se-á uma sociedade futura digna, igualitária e transformadora, diferente daquela abordada no filme Mad -Max.