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Enviada em: 01/10/2018

Na obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas, o cotidiano de uma família que convive com a escassez da água no nordeste do Brasil é relatado destacando as dificuldade para o mantimento basal. Tal romance, estende-se na contemporaneidade para as demais regiões de uma nação, comprometendo a economia e as condições básicas de vida dos indivíduos. Sob esse viés, a insuficiência estatal no que tange o planejamento de fontes alternativas e a valorização da água através de campanhas nacionais soma-se aos fatores climáticos modificados através da alta exploração da natureza, consequente à ascensão do capitalismo, por fim resultam pontos nevrálgicos que alteram o ciclo pluviométrico e causam a escassez da água.    A priori, a indústria da seca associada à política clientelística, ampliam a dificuldade da população atingida pela falta de água. Desse modo, a inobservância do Estado é notável quando esses fatores negligenciam a consolidação da Dignidade Humana, permitindo o controle social por meio de ameaças e preços exorbitantes na compra de água e obras relacionadas. Ademais, a exploração de açudes e aquíferos pode comprometer o abastecimento futuro, mesmo sendo uma ação imediatista frente à falta, demonstrando assim as falhas no sistema educacional e na substituição de fontes alternativas. Em adição, a dependência de hidrelétricas e a contaminação de afluentes corroboram para a escassez.   Outrossim, a obsolescência programada difundida pelo sistema econômico maioral necessita do uso da água cada vez maior para a produção, desrespeitando e sobrecarregando assim o ciclo hidrológico essencial para a reposição. Em consonância, a sociedade é atingida, como mostra dados da UNESCO em que 27% da população urbana do mundo não usufrui da água encanada em residências. Portanto, tal complexidade converge com Aristóteles que, em sua obra Ética a Nicômaco,  associa a necessidade à contingência, fundida a essa lógica, quanto mais o indivíduo precisar maior será a busca.     Impende-se, portanto, diretrizes a fim de atenuar tal contexto problemático. Nessa conjuntura, a OMS em conjunto com o Ministério da Educação devem propor nos educandários palestras semestrais sobre instrução ecológica, as mesmas seriam acompanhadas de divulgação de dados hidrológicos atuais e a distribuição de cartilhas de como preservar a água. Essa apresentação tem o fito de esclarecer e ensinar a valorização e relevância dessa fonte. O Ministério de Segurança tem que realizar fiscalizações em todos os Estados da nação constantemente, em busca de ações ilegais que desviam a renda destinada ao abastecimento do corpo social, que por sua vez, estão vulneráveis pela necessidade. Tal medida, irá prender os infratores com o objetivo de assegurar a população do seu jusnaturalismo. Assim, poder-se-á remodelar a realidade que exibe o livro ''Vidas Secas''.