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Enviada em: 30/09/2018

Em um momento em que o mundo vive ancorado à inovação constante e à tecnologia, a água, de ocorrência natural, porém não renovável, é o item mais valorizado do globo. Tal recurso está diretamente envolvido nas mais variadas atividades, desde o cotidiano das pessoas até a confecção de bens eletrônicos. Sua escassez, ou a dificuldade ao seu acesso por conta de distribuição irregular ou uso inadequado, ameaçam a qualidade de vida do homem nessa era de desenvolvimento, como já é visto no Brasil.      O território nacional, ao mesmo tempo em que apresenta elevado potencial hídrico, presencia o recorrente drama da seca no Agreste nordestino. A proximidade da região a diversas bacias hidrográficas não é suficiente para garantir a extensão do alcance do material por falta de estruturas e projetos voltados ao saneamento básico. Trata-se, portanto, de uma questão muito mais relacionada a decisões de caráter político e socioeconômicas do que a própria existência da matéria.       Outro fator contribuinte à escassez relativa de água é o seu uso inadequado. O cenário de avanço atual está intimamente vinculado ao aumento do seu consumo, haja vista que a pegada hídrica, o volume gasto na confecção de produtos, é especialmente elevada em setores tecnológicos, automotivos e de construção civil. Na cidade de São Paulo, este último opera intensamente, mesmo durante as frequentes crises de abastecimento que sobretaxam os moradores e os submetem a racionamentos. Novamente, questões além da disponibilidade do bem afetam a sua utilização pelo homem.       Portanto, a escassez do recurso está muito mais relacionada a falhas de mobilização e manejo do que a sua quantidade absoluta. Os Ministérios da Saúde, das Cidades e do Meio Ambiente, junto à iniciativa privada, devem se associar para ampliar as obras de saneamento básico nas áreas mais afetadas, a fim de melhorar a qualidade de vida dos habitantes. De forma a manter a coexistência sustentável entre crescimento de produção e consumo humano, os governos estaduais e prefeituras devem viabilizar estratégias de reuso desse bem, tanto em contexto doméstico quanto industrial, estimulando sua economia e utilização consciente e, consequentemente, potencializando sua aplicabilidade. Assim, o Brasil adota uma postura proativa quando à manipulação de suas reservas, associando-a à promoção de seu desenvolvimento socioecocômico.