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Enviada em: 28/09/2018

Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos acesso à saúde, serviços sociais indispensáveis e bem estar. Entretanto, os impactos da escassez de água no século XXI impossibilitam que uma parcela da população desfrute desses direitos universais na prática. Nessa perspectiva, esse desafio deve ser superado de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.       A princípio, é possível perceber que a educação é o fator principal no desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ocupando nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil  e outros países economicamente importantes possuem um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto, e o resultado desse contraste é claramente refletido nos impactos da falta de água. O consumo ideal desse líquido é de 100 litros por pessoa, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), porém, na maioria dos países o consumo é muito maior que o recomendado, gerando um quadro caótico de estresse hídrico em algumas regiões, o qual diminui o bem estar social, pode gerar racionamentos e até conflitos armados pela posse de territórios com água, como a disputa entre China, Índia e Paquistão pela região da Caxemira, contrariando as diretrizes da ONU.           Faz-se mister, ainda, salientar os impactos desse cenário para o meio ambiente. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da pós-modernidade. Diante disso, observa-se que a ganância e a individualidade citadas pelo sociólogo na obra "Modernidade Líquida" estão gerando sérios impactos na natureza, como alterações climáticas, que ocorrem em função da poluição e outras ações antrópicas que visam o lucro e não uma produção sustentável, gerando estiagens fora de época e assoreamento de nascentes, as quais contribuem para a perda do patrimônio natural da humanidade, o qual demorou bilhões de anos para ser formado e está sendo destruído em séculos de exploração desenfreada.        Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que os educadores abordem a problemática da falta de água com mais seriedade, ensinando aos alunos a importância da preservação dos recursos hídricos e do desenvolvimento sustentável, por intermédio de atividades interdisciplinares, visitas a parques ecológicos e áreas degradadas que precisam de restauração. Além disso, o governo deve aumentar o número de fiscais do meio ambiente, por meio da contratações de mais servidores capacitados, para que a situação de abuso nos meios de produção seja fiscalizada e não existam formas de prejudicar os recursos hídricos. Assim, os impactos da escassez de água seriam superados.