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Enviada em: 06/10/2018

O Uso Racional da Água como Solução para a Escassez       Vários fatores contribuíram para a ascensão da vida na Terra: luz solar em justa medida, ar, solo fértil e água. Este último ganha destaque por ser desigualmente distribuído em sua forma consumível e, ao lado dos outros, colaborar para a manutenção da vida no planeta. Entretanto, mesmo sendo o mais importante, também é o mais negligenciado, pois, observa-se um uso indiscriminado dessa substância, que vem se tornando cada vez mais escassa.       Para começar, é importante analisar o quadro da situação hídrica nas nações em desenvolvimento. Dentro desses países, cerca de 4,5 bilhões de pessoas carecem de instalações sanitárias adequadas em suas residências. Por conseguinte, quando não é jogada diretamente no solo - fato que favorece a poluição dos lençóis freáticos, a água de esgoto sanitário é jogada diretamente em rios e lagos e, dessa forma, gerando uma série de malefícios ao meio ambiente e à saúde de pessoas que se utilizam, por não haver outra opção, desses afluentes.      Por outro lado, no aspecto socioeconômico, é possível constatar um uso, até certo ponto, irracional, dos recursos hídricos ao observar os dados estatísticos. Segundo o FAO, (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em alguns países subdesenvolvidos, que se utilizam de meios tradicionais e pouco produtivos de plantio, o montante de água utilizada na agropecuária chega a 80% e, no Brasil, 72%. Ainda segundo a entidade, quase metade de toda a água empregada no campo é desperdiçada e, caso o meio rural diminuísse o consumo em 10%, o volume de água seria suficiente para abastecer a população mundial, que atualmente conta com 2,1 bilhões de pessoas sem acesso à fontes seguras de água potável.     Em síntese, deduz-se que os recursos hídricos vem sendo utilizados com descuidado e que, portanto, ações de combate ao uso mais eficiente se fazem necessárias. A resolução dessa questão, inevitavelmente, será feita com inovações e revisões no campo da agropecuária e, o Brasil, sendo o um dos principais produtores de alimentos do mundo, deve tomar a dianteira. Para garantir um baixo consumo de água e alta produtividade será necessária a adoção de novos sistemas de irrigação, entre eles tem-se a irrigação por gotejamento, técnica que, com incentivo financeiro do BNDES, poderá ser implantada pelos pequenos e médios produtores, que por sua vez deverão solicitar os fundos tendo em vista a economia que terão no longo prazo. Ademais, por parte da ONU, parcela da arrecadação de fundos por doações deverá ser investida, por órgão capacitados, no saneamento básico, tratamento e reaproveitamento da água em países pobres que sofrem com a escassez desse bem.