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Enviada em: 27/09/2018

A água está presente na composição de todos os seres vivos, é também responsável pelo transporte de nutrientes nos organismos e, principalmente, é mais de 70% da composição do cérebro humano. Entretanto, um recurso tão valioso quanto esse, é tratado com irresponsabilidade, logo, os impactos da escassez de água no século XXI vêm se tornando mais visíveis a cada dia. Dessa forma, deve-se analisar como a má gestão dos recursos hídricos e o uso imprudente da agricultura provocam tal problemática no planeta.       É relevante enfatizar, a princípio, que a má gestão do poder público sobre o tratamento e a obtenção desse recurso, é altamente relevante para a manutenção da pobreza e da baixa qualidade de vida da sociedade. Isso acontece devido à relativa inexistência de projetos que promovam o acesso da população carente à água potável, principalmente em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Assim, é comum, por exemplo, na região da  África Subsaariana e no Sudeste da Ásia, a ocorrência de pessoas, principalmente crianças, que precisam caminhar por quilômetros, sem nenhuma segurança, em busca de água, que por sua vez, pode ser  imprópria para o consumo.       Ademais, seria ingênuo não observar que, o uso insensato da água pela agricultura é um agravante para a escassez desse recurso. Isso porque, o exacerbado uso de agrotóxicos na irrigação de lavouras leva à deposição desses produtos  em aquíferos e lençóis freáticos. Prova disso é o fato de o Brasil ser o segundo maior produtor mundial de soja e, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), na safra de 2016/2017, a cultura ocupou uma área de 34 milhões de hectares. Logo, o acúmulo de agrotóxicos no subsolo desses locais também afeta as águas subterrâneas com substâncias fosforadas e nitrogenadas, com a desvantagem de que são de difícil remoção.       Fica evidente, portanto, a necessidade de mitigar os impactos da escassez de água em escala global. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), devem aprimorar o Programa de Monitoramento Conjunto para Água e Saneamento, a fim de promover o acesso equitativo à água potável em todos os países, com foco nos mais acometidos por esse transtorno. Além disso, a World Wide Fund for Nature (WWF) - Brasil, em parceria com as ONG's regionais, devem fiscalizar o desperdício de água e o uso exagerado de produtos químicos em plantações, por meio do estímulo à alternativas econômicas sustentáveis, visando o uso racional dos recursos naturais. Assim, alcançar-se-à uma sociedade que dá a devida importância à essa substância comum a todos os seres vivos e que se preocupa com os cidadãos de hoje e com as futuras gerações.