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Enviada em: 30/09/2018

Segundo a Organização Mundial da Saúde, é necessária a preservação do direito humano à água para assegurar os direitos à vida, à saúde e à educação. Nesse sentido, a Organização das Nações Unidas (ONU) enunciou o Dia Mundial da Água em 1992, o que evidenciam-se como extremamente recentes preocupações com a escassez desse recurso vital. Essa relativa demora ilustra a carência de iniciativas que mitigam a crise hídrica no século XXI devido, sobretudo, à intensificação do capitalismo e à falta de conscientização social acerca da problemática.       Primeiramente, quando o geógrafo Milton Santos exprime que, na contemporaneidade, vive-se a 3ª Revolução Industrial, caracterizada pela mudança do meio ambiente por meio de diversas tecnologias impostas pelo homem, demonstra-se o impacto do capitalismo na crise hídrica, haja vista a prevalência do ideal lucrativo em detrimento da sustentabilidade. Nessa perspectiva, os indivíduos consomem água numa proporção maior do que a capacidade de recarga, implicando mudança no ciclo biogeoquímico. Nessa direção, todos os setores sociais se desconfiguram: há diminuição da produtividade de alimentos e de mercadorias, pois estas apresentam "água virtual" - volume de água utilizada na produção - bem como aumento da temperatura global e crise elétrica, como aconteceu com o Brasil em 2016. Dessa forma, é importante reduzir os efeitos negativos do período técnico informacional.      Além disso, conforme enuncia Ray Bradburry, no livro Fahreiheit 451, é essencial manter a sociedade instruída para desenvolver o senso crítico nela, o que evidencia a influência da falta de conscientização populacional na escassez hídrica, já que o uso indiscriminado da água, bem como a poluição dos mananciais a tornam dispensável para o bem estar dos cidadãos. Nesse cenário, pequenas ações como escovar os dentes com a torneira fechada, não lavar calçadas em dias de chuva, desligar o chuveiro enquanto se ensaboa, não jogar resíduos domésticos em rios e, também, reivindicar o direito de saneamento básico contribuem para prevenir a população da pobreza. Dessa maneira, é indispensável estimular o controle social a fim de administrar os recursos hídricos da nação.      Fica claro, então, o mau prognóstico do desenvolvimento de medidas que previnam os impactos da escassez de água. No propósito de minimizar tal problemática, o Ministério do Meio Ambiente deve fomentar o equilíbrio entre economia e sustentabilidade por meio da criação de leis que padronizam o uso moderado de água pelas multinacionais, latifundiários e indústrias, em troca da diminuição do imposto, para não perder atratividade no país, porque, assim, vive-se a 3ª R.I. com consciência ambiental. As escolas, ainda, podem estimular o debate sobre a importância da água e o uso correto por meio de feiras públicas periodicamente, pois desenvolverá o controle social nessa questão.