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Enviada em: 30/09/2018

Na Antiguidade Oriental, as civilizações do Egito e da Mesopotâmia desenvolveram-se às margens de rios e criaram um complexo sistema de drenagens para a manutenção da agricultura. A partir de então, a água passou a ser utilizada em diversas funções e tornou-se um recurso indispensável para a vida humana. Entretanto, atualmente, a sociedade vem sofrendo com os impactos oriundos da escassez hídrica e, principalmente, pelo seu mau uso. Nesse contexto, cabe analisar a falta de manejo de água, bem como o agravamento do problema ocasionado pelo crescimento populacional.       Em primeiro lugar, um dos fatores que mais contribuem para a retroalimentação da problemática é a falta de manejo. Isso decorre da negligência dos órgãos governamentais em tratar o assunto como prioridade, mantendo vários países em condições sub-humanas de sobrevivência devido ao precário saneamento básico. A ONU estima que já existem cerca de 1 bilhão de pessoas que carecem de acesso à água potável e, caso não ocorra uma conscientização, esse número pode aumentar. A maioria dos países da África, por exemplo, convivem com esse descaso diariamente, mas, como o pensamento atual é pautado na economia, a água fica em segundo plano. Consequentemente, com a falta de tratamento adequado somado a baixa disponibilidade desse recurso, as pessoas ficam submetidas ao contato com inúmeras doenças e correndo risco de vida.       Além disso, o crescimento populacional é um problema que também merece destaque em virtude da maior demanda por consumo dos recursos naturais. Como comprovação disso, está o aumento da produção de alimentos e da quantidade de água necessária para fabricá-los. A maioria dos produtos que chegam no mercado utilizam, em alguma etapa de sua fabricação, uma quantidade enorme de água, e essa quantidade é mensurada no que passou a ser chamado de "água virtual". Um quilo de arroz, por exemplo, até chegar nos supermercados, utiliza em torno de 3000 litros de água no seu processo de produção. Dessa maneira, com a escassez hídrica a qual o planeta vem sofrendo, futuramente, o problema resultará em crise alimentar.       Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas para combater essa problemática. A primeira delas é papel das Universidades, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, propor um sistema de adutoras que levem a água para sistemas de tratamento e devolva para as residências com o intuito de reduzir a falta de saneamento básico nos países. Já a segunda, é dever dos Governos criar um fundo de investimento destinado ao desenvolvimento sustentável de recursos hídricos, a fim de evitar um colapso na alimentação dos cidadãos. Com tais medidas, os impactos da escassez de água são amenizados e o desenvolvimento social pode continuar progredindo, sob influência da antiguidade.