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Enviada em: 01/10/2018

A obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos trata de uma crítica social, retratando a busca de uma família pobre que passa por dificuldades na convivência constante com a miséria e a seca que assola o sertão nordestino. Nesse contexto, percebe-se que os impactos da escassez da água estão enraizados na história do Brasil. Dessa forma, tal realidade perpetua-se tanto por conta da cultura do consumismo quanto da exploração da natureza pelo homem, o que configura um gravíssimo problema social. Com efeito, evidencia-se a necessidade de combater tais problemáticas.  Em primeiro plano, na sociedade hodierna, a identidade dos indivíduos é moldada pelo consumo, como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman. Sendo assim, o consumismo já é um hábito cultural. Nesse sentido, as indústrias se preocupam cada vez mais com a produção lucrativa, deixando de lado outros aspectos importantes, como a preservação do meio ambiente. Dessa forma, inúmeras fábricas fazem uso indiscriminado de água. Por conseguinte, ocorre o rebaixamento dos lençóis freáticos, o que exige a escavação de poços cada vez mais profundos. Ademais, o ecossistema fica desequilibrado e, por ser um recurso esgotável, a carência de água pode causar diversos danos irreversíveis à humanidade.  Outrossim, a exploração imprópria da natureza pelo homem gera uma série de impactos que agravam seriamente a questão da escassez hídrica. Nessa lógica, surge a teoria ecomalthusiana, que afirma que o crescimento demográfico acelerado e desordenado pressiona a retirada de recursos naturais no planeta. Entretanto, a questão não é a quantidade de pessoas no mundo, e sim a forma com que esses indivíduos lidam com o meio ambiente, que deve mudar. Contudo, se nada mudar, a falta de água pode causar alterações nas condições climáticas da Terra que provocarão secas e até mesmo temperaturas intoleráveis pelos seres humanos.  Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de atenuar as problemáticas supracitadas. Para tanto, no que tange à cultura do consumismo, é dever do Ministério do Ambiente alterar a Política Nacional de Recursos Hídricos, de maneira que seja criada uma multa para as indústrias que excederem a quantidade mínima de água na fabricação de qualquer produto. Assim será possível reduzir o foco do produtor no lucro em detrimento do uso racional da água. Além disso, no que diz respeito à intervenção do homem na natureza, cabe ao Greenpeace criar propagandas e cartilhas que sejam vinculadas nas mídias com informações acerca do tema com o objetivo de demonstrar o estrago que os seres humanos podem provocar ao meio ambiente. Destarte, será possível esclarecer as pessoas sobre a proporção dessa questão e reduzir ao máximo a quantidade de indivíduos que façam mal uso da água. Afinal, é imprescindível a reversão dos impactos que emergiram em função da escassez hídrica.