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Enviada em: 30/09/2018

No movimento literário Modernista, o autor João Cabral de Melo Neto discorreu em seu livro “Morte e Vida Severina” sobre a migração de nordestinos para o Sudeste devido à seca. Dessa forma, a obra visa à denuncia social perpetua-se no século XXI devido a escassez de água potável, fator paradoxo devido o Brasil possuir o maior reservatório de água doce do mundo. De certo, a inércia populacional, em consonância com a ingovernabilidade Estatal corroboram a intensificação desse impacto.  A principio, é importante analisar a postura irresponsável dos cidadãos sobre o modo de uso desse bem finito, pois há um consumo que somado com o baixo ciclo de chuvas resulta em crises hídricas como acarreta em São Paulo. Além disso, a postura inercial populacional é retrograda diante de questões arcaicas perpetuadas por séculos como o despejo de esgoto doméstico lançado sem tratamento nos rios do país evidenciado no Tietê. Por conseguinte, o biólogo Jared Diamond afirma em sua máxima que um dos motivos da extinção de diversos povos como os Maias fora o resultado da escassez d e água, modo essencial para a propagação de vida. Assim, esse crime é perpetuado diante da ausência de engajamento ambiental, político e social dos brasileiros.   Outrossim, vale ressaltar a ineficiência logística governamental ao não disponibilizarem à população modos básicos de conscientização e preservação do ecossistema exemplificado na ausência de saneamento básico de qualidade até a morosidade diante do desmatamento florestal amazônico. Devido a intensas negligencias sustentável, é desencadeada a intensificação da seca como também a ocorrência de escassez em estados antes intactos pertinente à diminuta evapotranspiração das árvores amazônicas. Neste caso, o filósofo Albert Einstein torna-se atemporal ao citar: “Sem cultura moral não haverá saída nenhuma para os homens “ verossímil ao exemplificar o modo de governo negligente aos casos ambientais.  Evidencia-se, pois, a necessidade de mudança do paradigma comportamental para resguardar a água brasileira. Para tanto, cabe ao aparato midiático em parceria com o Ministério da Cultura promover campanhas socioeducativas por meio de redes sociais e televisivas com dados estatísticos sobre a escassez de água potável e seus malefícios à dignidade humana com o objetivo de mitigar o desperdício populacional e perpetuar a consciência do uso de água as futuras gerações. Ademais, o Governo Federal deve investir em infraestrutura urbana com o tratamento de esgoto sanitário para mitigar a poluição dos rios como também, potencializar a fiscalização ambiental para que o desmatamento torna-se inexpressivo com o intuito de manter a biodiversidade das florestas tropicais a fim de equilibrar os ciclos de chuvas reabastecendo assim os reservatórios do país.