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Enviada em: 02/10/2018

Promulgada pela ONU em 1948 , a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito a um nível de vida que assegure a saúde e ao bem-estar. Entretanto, a escassez de água impossibilita que uma parcela da população desfrute desse direito universal na prática de forma igualitária. Nessa perspectiva, desafios como esse devem ser superados de modo que toda a sociedade viva em equilíbrio e distribua seus recursos de maneira justa.    Inicialmente, é válido salientar que a escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. E devido ao capitalismo industrial, há um emprego irresponsável da água, pois a quantidade líquida utilizada para a fabricação de produtos, como, automóveis ou a própria calça jeans, necessita de 11.000 litros para atingir a tonalidade ideal. Neste sentido, intuímos que o desperdício desse composto inorgânico não provém unicamente dos descuidos dos cidadãos, visto que as indústrias favorecem sua carência, ao visar a promoção de lucros comerciais do sistema de produção capitalista.   Além disso, o Brasil enfrenta uma crise hídrica, principalmente, o estado de São Paulo, que sofre com o esgotamento do reservatório da Canteira. Tal fato, somado à ausência de chuvas e à demanda de suprir as necessidades da população, fomentou um processo de conscientização e controle da distribuição da água em determinados dias da semana. Porém, ainda que a mídia se volte à localidade econômica mais desenvolvida do país, a região Nordeste já convive, há anos, com a ausência de abastecimento total desse fluido.     Por conseguinte, várias áreas nordestinas vivem em estado de emergência com a seca e, antes, o que se limitava a algumas partes, agora, atinge os grandes centros urbanos, como a Paraíba e Campina Grande. Essa realidade prova que as dificuldades climáticas, como o período de estiagem e a seca de rios, além do descaso político contribuíram para o alastramento dessa insuficiência hídrica.    São notáveis, portanto, as causas da escassez desse solvente universal. Logo, o poder midiático deve alertar e orientar ao público sobre o uso consciente. Em segundo lugar, tratar as águas de esgotos a fim de as indústrias as reutilizem de forma sustentável. Ademais, o racionamento no Sudeste prevenirá a seca absoluta da água nesse período de crise. Já o Nordeste, que recebe esse tratamento e ainda sim, sofre com fatores sociais, o ato humanitário de transportar parte da água do aquífero Guarani seria a principal medida para promover a igualdade de distribuição da água, enquanto o poder público investe em pesquisas para driblar os fatores climáticos.