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Enviada em: 27/09/2018

Na obra literária "Vida Secas", de Graciliano Ramos, fica evidente o continuo anseio pela sobrevivência humana devido à busca incansável por recursos hídricos. Destarte, com o exagerado consumismo e o falho descarte de lixos tóxicos em rios e mares, a escassez de água do mundo hodierno se tornará análoga a da obra de Graciliano.   Em primeira instância, vale salientar que a desigualdade de recursos é um empecilho ainda enfrentado no século XXI, visto que, segundo a OMS, apenas 10% da população ribeirinha é beneficiada com a quantidade de água necessária e prevista constitucionalmente. Todavia, mesmo com a escassez de água potável enfrentada por vários países, encontra-se, ainda, a má administração da mesma em diversos setores, e um deles é o agropecuário, que consome em média 17.000 litros de água em apenas um quilograma de carne bovina.   Entretanto, o ciclo hidrológico é um recurso natural que permite o reaproveitamento da água. No entanto, com o descarte de elementos tóxicos e lixos contaminantes, oriundo de hospitais, em rios, lagos e mares, a reutilização se torna precária, pois, devido ao caráter polar dos refugos, se combinam com a molécula de hidrogênio de água, contaminando-a. Dessa forma, é notório que a má administração dos resíduos sólidos também é uma ameaça para a escassez hídrica, causando, assim, problemas de higiene, saneamento, secas e ingestão.   Fica evidente, portanto, que se mal administrada, a água se torna limitada e, segundo Zygmunt Bauman, o homem é focado em realizar seus prazeres imediatos sem pensar no futuro, fato que explica a baixa preocupação pela crise hídrica no mundo atual. Contudo, cabe à ONU intensificar debates entre os países membros em prol da segurança hídrica, criando, em cada pais, políticas que premiem as empresas mais sustentáveis, como o protocolo de kyoto, tornando-as, como recompensa, referências mundiais. Por fim, mídias relatar em propagandas as consequências do desperdício hídrico a fim de conscientizar a população.