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Enviada em: 27/09/2018

Água, mais do que somente composição de hidrogênio e oxigênio, consiste em um recurso de extrema relevância para a vida na terra e para o suprimento do mundo globalizado. Quando desperdiçada e não gerenciada adequadamente no mundo, surge uma falha que impacta tanto a economia quanto o meio ambiente, gerando transtornos altamente visíveis na sociedade.       De antemão, quando o escritor Guimarães Rosa afirma que a água é como a saúde, só se dar valor quando se perde, evidencia o quanto esse recurso é subjugado. Desde a poluição de mananciais, despejo de dejetos, desperdícios constantes até a falta de preservação, rios mostram-se cada vez mais assoreados e inapropriados para o uso, resultando em consequências graves. Por exemplo, segundo o  Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a falta de água doce no mundo causará danos ambientais  graves - secas, devastações, redução da biodiversidade, entre outros- nos próximos 15 anos em diversas áreas no mundo. Nesse sentido, nota-se que a indiferença quanto ao uso dos recursos hídricos refletem em retrações ambientais e sociais relevantes.       Em outra instância, nota-se que o problema é acentuado quando se trata dos meios econômicos, já que tais setores dependem significativamente da água para se desenvolver. De acordo com o tecnólogo Steve Jobs, ''a tecnologia move o mundo, no intuito de desenvolver a humanidade e todo seu entorno''. Ocorre, porém, que essa linha de raciocínio é inviabilizada quando toda uma estrutura hídrica - devido ao mau uso e a falta de políticas ambientais- não atende às demandas específicas, resultando, muitas vezes em retrações econômicas. Para provar, pesquisas do Banco mundial prevê que diversas regiões do mundo poderão ver as suas taxas de crescimento econômico caírem em até 6% do Produto Interno Bruto até 2050, devido aos efeitos da escassez de água na agricultura, na saúde e nos rendimentos.       Nota-se, então, significativos impactos que a escassez de água gera na sociedade e no mundo globalizado. Para amenizar tais consequências, faz-se necessário a atuação de setores públicos nacionais- Ministério do Ambiente, Ministério da Agricultura -  em conjunto com organizações internacionais - Pnuma, Banco Mundial, ONU -  por meio da criação de projetos, metas, cotas, bônus que visem mudanças quanto à utilização de água. Por conseguinte, aumentar a fiscalização, implementar educação hídrica nas escolas e bairros, bem como promover a atuação de profissionais que tenham experiência comprovada nesse cenário específico pode ser de grande valia na minimização de impactos graves e, consequentemente na garantia de sobrevivência das próximas gerações. Assim, aumentam-se as chances de se alcançar uma harmonia entre homem e ambiente e um desenvolvimento sustentável pragmático e realmente legítimo.