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Enviada em: 27/09/2018

Desde meados do século XIII até os dias atuais, foram desenvolvidos diversos modelos produtivos, possibilitando um aumento da capacidade produtiva industrial de bens de consumo em massa. Tal acontecimento histórico, aliado a ubíqua necessidade de alocação de mercados consumidores, fez com que muitos problemas ambientais surgissem, com destaque para o crescente uso de água potável no curso das atividades industriais. Somado a isso, é possível destacar ainda o aumento do consumismo pelas pessoas do mundo contemporaneo, fato que impulsiona o uso dos recursos hídricos, uma vez que a água é um instrumento integral para a produção e conservação dos bens materiais.   Nesses termos, é observável que uma das grandes causas da escassez de água é o consumo desenfreado, elemento inerente ao capitalismo moderno. Assim sendo, é nítido a correlação entre os níveis de consumo e o gasto dos recursos hídricos, posto que os países mais consumistas do planeta são os que utilizam a maior quantidade de água por pessoa em um só dia. Como prova disso, tem-se dados da Organização das Nações Unidas, em que mostram que os Estados Unidos da América, o Canadá e o Japão são os países cuja a população usufrui da maior quantidade de água diariamente.   Supracitados alguns dos elementos que compõem a temática proposta, vale ainda grifar um agravante do disperdício da água, a ausência de educação ecológica no Brasil, principalmente nas escolas públicas. O brasileiro utiliza, em média, mais de 150 litros de água por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde, sendo que é sabido que uma significativa parcela dessa agua é disperdiçada com atividades que nem sempre necessitariam do uso da mesma, como, por exemplo, na limpeza de calçadas e de superfícies lisas. Dessa forma, tal conjuntura acaba sendo uma representação material que a falta da instrução ambiental causa para a formação da consciência coletiva no país.   Sendo assim, é indispensável a criação de políticas públicas para a erradicação da problemática citada nos autos. Portanto, conforme ja assinalou Jeremy Bentham, um filósofo britânico, uma boa política é aquela cuja vigência causa a maior quantidade de felicidade possível. Logo, o Governo Federal deve dar apoio aos empresários que financiam instituíções sobre a redução do consumismo, como a ONG Akatu, com o objetivo de preparar as pessoas desses movimentos a instruir melhor a população sobre o consumo consciente, ajudando, assim, a reduzir o uso dos recursos hídricos na fabricação dos bens de consumo. Ademais, o Ministério da Educação pode implantar no calendário federal do ensino fundamental a educação ecológica, fazendo cartilhas educativas sobre o uso correto da água, com isso, educaria-se o grande público brasileiro, otimizando o consumo de água nas empresas e no âmbito doméstico.