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Enviada em: 27/09/2018

Desde o início do século XVI, com a chegada oficial da colonização portuguesa, cultiva-se a ideia de que, no Brasil, os recursos naturais são infinitos. Entretanto, nos dias atuais, percebe-se que os impactos da escassez de água representam um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade. Nesse sentido, convém analisar as principais causas e possíveis maneiras de amenizar essa problemática.   Em primeiro lugar, nota-se que o desmatamento na floresta amazônica, infelizmente, está diretamente relacionado com a crise hídrica no país. De acordo com dados do portal de notícias G1, a estiagem que ocorreu no estado de São Paulo, entre os anos de 2014 e 2016, foi provocada pelo desmatamento. De maneira análoga, observa-se que esse entrave compromete a formação dos rios voadores, vapor d'água, que são formados nas águas tropicais do oceano Atlântico e alimentados pela umidade da floresta amazônica, e carregados para região Sudeste, se transformando em chuva. Desse modo, é inegável que o desmatamento não só favorece o desabastecimento de água para o consumo, como também a energia elétrica é comprometida, uma vez que as usinas hidrelétricas recorrem ao racionamento de energia devido aos baixos níveis de água.   Em segundo plano, salienta-se que, segundo dados do G1, além da agricultura possuir o maior consumo de água no Brasil, ainda ameaça o maior reservatório de água do mundo, localizado em território brasileiro. Ao seguir essa linha de pensamento, nota-se que, com a expansão da fronteira agrícola, para a região Norte do país, o aquífero Alter do Chão se encontra ameaçado devido ao uso de insumos e agrotóxicos, que podem permear o solo e contaminar o aquífero, tornando -o impróprio para consumo. Logo, essa realidade torna evidente a necessidade de se pensar em ações que tenham por objetivo atenuar esse problema.   Dessa forma, o Governo Federal deve tomar medidas que visam preservar a integridade da floresta pluvial, por meio de demarcações de terras indígenas, com o objetivo de diminuir o desmatamento e a conservação do aquífero, visto que o índio possui uma relação ecológica harmoniosa com a natureza. Espera-se, com esses atos, que esse empasse amenize gradativamente.