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Enviada em: 28/09/2018

"No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho." Essa "pedra" descrita pelo poeta modernista, Carlos Drummond de Andrade, refere-se aos obstáculos enfrentados pela sociedade contemporânea. Nesse sentido, a escassez da água é um dos entraves sociais que tem sido debatido no século XXI. Dessa forma, é preciso analisar os problemas de saúde pública e os gastos desnecessários com a água para propor soluções.        Em primeira análise, evidencia-se que no século passado, o escritor austríaco, Stefan Zweig, escreveu um livro intitulado de "Brasil: um país do futuro", em que enfatizava o potencial de desenvolvimento dessa nação. Entretanto, passados alguns anos, nota-se que o elevado número de verminoses causadas pela má qualidade da água é preocupante. Por consequência disso, aumenta as estatísticas de internações hospitalares, impactando negativamente no crescimento socioeconômico do país.        Vale ressaltar, também, que a Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - assegura no artigo 193° a ordem social. No entanto, essa prerrogativa legal não tem se efetivado com ênfase na prática, uma vez que os gastos desnecessários com a água têm se elevado, gerando uma crise hídrica. Segundo a OMS, devem ser consumidos por dia 50 a 100 litros de água por pessoa. No Brasil, a média consumida é de 187 litros. Enquanto, que na Região Subsaariana da África consome até 20 litros de água.        Urge, portanto, que medidas devem ser tomadas para suavizar esses impasses. Em razão disso, cabe ao poder público repudiar a segregação social e aumentar o número de estações de tratamento de água em parceria com a iniciativa privada. As ONG's, por sua vez, criarem campanhas publicitárias, como outdoor, mostrando a importância do uso correto da água. Essas iniciativas teriam a finalidade de minimizar a desigualdade social. A partir dessas ações, espera-se que haja uma melhoria desse cenário.