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Enviada em: 30/09/2018

É indubitável, que por séculos a água foi considerada um recurso natural e abundante. Desde os primórdios da sociedade, seu uso era para feitios simples do dia a dia, sendo encontrada sempre em quantidades muito maiores do que a população da época precisava. No entanto, com o advento das colonizações e modernização, tal recurso foi sendo utilizado em larga escala, e hoje países do mundo inteiro sofrem com a escassez, gerada principalmente pelo uso incorreto e desregrado da água mas também, pela falta de investimentos em sua captação. Diante disso, torna-se fulcral o engajamento social e político para reverter esse quadro, que se agrava diariamente.     Por certo, o desperdício em larga escala no mundo é fruto principalmente da difusão do capitalismo, que prega o fetichismo da subjetividade, descrito por Zygmunt Bauman em sua obra "Sociedade para o consumo", fazendo as pessoas comprarem bens pouco duráveis que logo mais terão que trocá-los. Ademais, as indústrias são responsáveis pelo consumo de 22% da água do mundo, ficando atrás somente do setor agropecuário portanto, assim como o capitalismo estimula o consumo desnecessário, ele também é responsável pela escassez de água no mundo uma vez que, a sociedade influenciada pelas mídias a sempre comprar mais, demandam produções em larga escala do setor industrial. Além disso, desperdícios relacionados à falta de conscientização, como banhos longos, torneiras abertas sem estarem em uso e o não reaproveitamento de água para atividades como lavar a calçada, possuem grande parcela de responsabilidade na escassez hídrica no mundo.     Outrossim, é importante ressaltar que a falta de tal recurso tão primordial na vida do ser humano, muitas vezes não se dá em si pela ausência de água, e sim pela falta de políticas públicas para permitirem o acesso da população. Fato que comprova isso é o continente africano, que possui reservas subterrâneas gigantes e mesmo assim, é uma das regiões da terra que mais sofre com a sede.  Ou seja, se os representantes de governo investissem em sistemas de captação de água como  poços, milhares de países não sofreriam com a escassez.      Diante dessa perspectiva, é evidente que a escassez de água no século XXI, pode ser amenizada. Para isso, cabe ao Poder Legislativo evitar a disseminação do incentivo ao consumismo, por meio da criação de leis que proíbam a comercialização de produtos com durabilidade inferior, bem como a propagação de mensagens que estimulem o consumo inconsciente, a fim de que se promova uma redução na quantidade de água utilizada pelas indústrias para a fabricação de produtos. Além disso, compete à ONU possibilitar a captação de água em regiões extremamente secas do globo, por meio da criação de campanhas que estabeleçam incentivos àqueles países que mais construírem poços. reaproveitar água de lavagem das roupas são paulo com racionamento de água