Torneira aberta enquanto escova os dentes, lavar calçadas diariamente e tomar banhos demorados são atitudes inaceitáveis em uma sociedade que sofre com a escassez de hídrica pelo excesso de uso ou pela falta do recurso ocorre constantemente. Nessa perspectiva, se faz necessário mudanças culturais para mitigar o prejuízo financeiro e social do uso inadequado da água. Em primeiro plano, tem-se a questão econômica. Mesmo diante de um país com a maior bacia hidrográfica do mundo, Amazônica, percebe-se a falta de planejamento no que tange o fornecimento de água. Na medida que, a agricultura e a indústria são responsáveis pelos maiores consumo de água, o desabastecimento dessas afeta o orçamento da União já que esses setores contribuem para 24% e 11% do Produto Interno Bruto, respectivamente. Nos últimos anos, a cidade de São Paulo teve uma queda dos lucros devido ao racionamento de água adotado pelo Governo como medida resolutiva para a crise hídrica. Outrossim, há a necessidade vital do ser humano. No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos documentou as condições inóspitas que Fabiano e sua família viviam no sertão, contudo, hodierno, a situação não é diferente, muitos agricultores perderam toda a safra e o gado devido a falta de água. No entanto, o maior problema do Nordeste não 'e climática mas o desinteresse público dos governantes em resolver essa situação, evidenciado pelo corte de 95% do orçamento destinado ao programa de combate a seca. Fica claro, portanto, como a adoção de práticas erradas pela população influencia em todo o sistema ambiental e social. Assim, torna-se necessário uma parceria do Governo com as empresas privadas, que através da isenção de impostos estimule as macro empresas perfurar poços artesianos e as micro empresas construir cisternas para a população do nordeste, permitindo o cultivo de subsistência na região. Outra medida pertinente seria campanhas educativas nas escolas mostrando a importância em manter os mananciais limpos.