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Enviada em: 01/10/2018

A ONU, em 1972, estabeleceu o conceito de Desenvolvimento Sustentável para que o crescimento econômico das nações vislumbrasse a garantia dos recursos naturais às futuras gerações. Conquanto, hodiernamente, assiste-se ao estresse hídrico que redunda no comprometimento social das classes de baixa renda, bem como no desequilíbrio do setor produtivo, evidenciando, assim, a fragilidade da ideologia de conservação da água. Nesse sentido, esse imbróglio manifesta-se devido ao padrão de vida atual  e  à inoperância estatal. Em primeira instância, o filósofo Arthur Schopenhauer ao afirmar que os indivíduos consomem demasiadamente visando à felicidade, evidencia o uso indiscriminado da água inerente aos bens de consumo, sendo que a sociedade corrobora o declínio dos recursos hídricos, já que mantém comportamento compulsório de compra. Nesse contexto, o déficit hídrico ameaça a segurança alimentar, principalmente, de uma fatia social desprivilegiada que pauta-se na agricultura de subsistência, além de contribuir para a redução do PIB e consequentemente da oferta de emprego, uma vez que as atividades econômicas são afetadas.  Faz- se mister, ainda, salientar a inércia governamental como impulsionadora do problema. Consoante a isso, uma eficiente gestão pública no que tange o planejamento de utilização dos recursos hídricos e aproveitamento do índice pluviométrico possibilita o uso longevo da água e, assim, a sobrevivência digna da população. Contudo, historicamente, no semiárido nordestino, uma expressiva parcela social confronta-se com a falta de água para suprir as necessidades básicas e desenvolver-se socialmente, o que repercute em parasitoses como a cisticercose e a perpetuação de um quadro de marginalidade.  Infere-se, portanto, que a escassez de água é prejudicial ao corpo social. A fim de conferir dignidade ao contingente populacional cabe ao Ministério do Desenvolvimento social e combate à fome construir sistemas de captação de água das chuvas nas regiões áridas por meio de uniao estatal.