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Enviada em: 29/09/2018

O projeto de transposição do Rio São Francisco, do Governo Federal, visa alterar o curso natural de pequena porcentagem de água desse corpo hídrico para levá-la até o nordeste brasileiro, região que sofre bastante com a escassez de água no país. Entretanto, esse projeto ainda não foi concluído e os impactos da falta desse recurso continuam afetando grande parte da população nacional, devido ao descaso do Estado e ao consumo excessivo.     Em primeiro plano, a despreocupação dos órgãos políticos acabam auxiliando na construção desses impactos. Isso porque projetos que já deveriam ter sido concluídos, como a transposição do Rio São Francisco que teria que estar pronta no ano de 2015, encontram-se inacabados já no final do ano de 2018. O portal de notícias G1 divulgou que aproximadamente 22 mil obras estão paradas no Brasil, e muitas delas continuam gastando o dinheiro público, mesmo sem estar em andamento. Por consequência disso os agricultores não conseguem plantar, o que faz com que alguns produtos sejam importados e fiquem mais caros, a população no geral também fica dependendo do abastecimento por meio de caminhão-pipa.     Além disso, nota-se que muitas pessoas utilizam a água em excesso sem se preocupar em preservar para as futuras gerações. A média diária que a ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda é 110 litros por habitante/dia, porém no Brasil o consumo médio é de mais de 160 litros por habitante/dia. O maior responsável por esse consumo no país é a agricultura, que tem grande parte da água utilizada na irrigação desperdiçada pelo fenômeno da evaporação e outra parte contaminada pelo uso de agrotóxicos nas lavouras. O uso urbano também é responsável por grande parte do desperdício, tendo em vista que os brasileiros ainda mantêm hábitos de má gestão dos recursos hídricos, como por exemplo: a lavagem de calçadas, escovar os dentes com a torneira aberta, banho muito demorado, entre outros.    Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para reduzir os impactos da escassez de água no Brasil. Cabe ao Governo Federal, em parceria com as prefeituras municipais, concluir as obras inacabadas, como a transposição do Rio São Francisco, e construir poços artesianos em locais que estão em situação de emergência, por meio de investimentos dos órgãos públicos, para que toda a população tenha acesso a água potável em sua região. Aos cidadãos, por sua vez, compete repudiar o desperdício de água no território brasileiro, por meio de debates na mídias sociais capazes de conscientizar toda a população sobre a necessidade de preservar os recursos hídricos. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, o país poderá preservar seus recursos.