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Enviada em: 30/09/2018

Um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) - estabelecidos pela Organização das Nações Unidas- é a promoção de água limpa e saneamento básico para todos. Todavia, a escassez desse recurso essencial, devido a deficitária gestão, afasta-nos da meta, o que simboliza um retrocesso ao trazer significativos impactos para a nação verde-amarela. Nesse contexto, faz-se pertinente considerar as poucas medidas socioeducativas e o papel das grandes corporações no que tange ao problema.         Mormente, é válido salientar sobre a falha educação ambiental difundida entre os cidadãos brasileiros. Lavar calçadas, banhos prolongados, escovar os dentes com a torneira aberta são algumas posturas que ratificam os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no qual um terço da água tratada é desperdiçada no país. Dessa forma, como na concepção do sociólogo Max Weber as ações sociais moldam a sociedade, é indubitável que a atitude impensada dos indivíduos - ocasionada pelo falho sistema educativo- pode corroborar para o fortalecimento da crise hídrica e, consequentemente, da precária qualidade de vida.               Outro aspecto relevante, diz respeito a falta de colaboração das empresas industriais - segundo setor que mais consome água- na resolução do problema. Isso ocorre, conforme as ideias do sociólogo alemão Karl Marx, porque as engrenagens capitalistas geram disparidades e corrupção moral. Sob tal ótica, em busca do máximo lucro possível, deixa-se de investir em iniciativas como a despoluição de rios contaminados pelos dejetos da indústria ou, ainda, o tratamento da água antes de retornar ao leito aquático. Logo, é inegável que sem medidas que amenizem o empecilho, até mesmo o crescimento econômico do país será afetado.                 Torna-se evidente, portanto, a necessidade de reverter o impasse para que não haja impactos que afetem a população. Desse modo, urge a atuação do Ministério da Educação, junto as Secretarias Municipais, na promoção de medidas socioeducativas através da criação de um semana ambiental nas escolas e nos principais locais públicos, contando com a participação de profissionais no assunto, com o fito de promover mudanças nas posturas cidadãs. Ademais, a Agência Nacional da Água (ANA) deve fiscalizar as empresas, por meio de visitas periódicas, e estimular o cumprimento das questões ambientais oferecendo, por exemplo, subsídios fiscais àquelas que fizerem sua parte, no intuito de que haja melhorias no âmbito ambiental. Espera-se que, assim, o Brasil possa progredir no cumprimento dos ODS.