Materiais:
Enviada em: 06/10/2018

A obra de Graciliano Ramos, Vidas secas, retrata a dificuldade de viver em um cenário de escassez de água. Miséria, conflitos hídricos, doenças, são algumas das principais consequências da falta de água. Mas qual os principais fatores que contribuem para aumentar esses impactos?   Primeiramente, vale salientar que o estilo de vida consumista tem contribuído para a escassez de água. O mito construído de que a água é um recurso inesgotável tem levado a um consumo inconsciente da mesma. Além de que, muitos produtos, também consumidos irresponsavelmente, demandam uma grande quantidade de água para serem produzidos, como é o caso do papel, da carne e do plástico, entre outros. Dessa forma, começa a existir um desequilíbrio hídrico, já que o consumo é exacerbado, podendo gerar miséria em populações onde a água é usada preferencialmente para atividades lucrativas, como a agropecuária.   Ademais, outro fato que contribui para a falta de água em algumas regiões é a poluição. Muitas cidades que não têm saneamento lançam o esgoto doméstico nos rios, alterando as condições químicas da água. Isso favorece a reprodução de microrganismos e, com eles, as doenças. Em alguns lugares onde a oferta de água não é grande, as pessoas se veem "obrigadas" a utilizar a água nessa condição imprópria. Dessa forma aumentam o número de doenças disseminadas pela água, como infecções gastrointestinais, cólera e hepatite.   Como o consumo exagerado e a poluição têm favorecido a falta d'água e, com isso, os seus impactos, é necessário algumas medidas para evitar esses efeitos. É preciso que a esfera estadual, em conjunto com a municipal, invista na educação sobre a importância do consumo consciente e preservação da água, por meio de palestras voltadas para o ensino médio e fundamental, para que os jovens e as crianças construam um pensamento de conservação da água.