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Enviada em: 30/09/2018

A água é a origem de todas as coisas, segundo Tales de Mileto- filósofo da Grécia Antiga. Apesar de atualmente se saber que o fundamento básico da matéria se trata do átomo, a água tem papel indispensável e influencia diretamente aspectos econômicos, sociais e ambientais de uma sociedade. Por ser um elemento tão importante, sua falta tem impactos severos em diversas áreas do planeta Terra e, por isso, são necessárias medidas para viabilizar seu acesso visto que ela é uma das necessidades mais básicas da vida humana.     Primeiramente, é necessário atentar para os muitos danos causados à parcela da população que não tem ao seu alcance esse recurso essencial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são utilizados de 50 a 100 litros de água diariamente para suprir as necessidades primordiais de uma pessoa porém, segundo o Governo Federal e a Organização das Nações Unidas (ONU), as populações de regiões como o Nordeste brasileiro e a África Subsaariana chegam a viver com apenas 20 litros de água por dia. Essas pessoas ficam, sem dúvidas, mais vulneráveis a doenças devido ao uso e ao mal armazenamento de águas da chuva, quando essa ocorre, e mais propensas a sofrerem os danos da desidratação.        Ademais, há a questão do solo, fator extremamente relevante no Brasil uma vez que a agropecuária é a base da economia brasileira . A crise hídrica presente do Sudeste brasileiro em 2015 atentou a população para a importância de usar a água de forma responsável e preocupou o setor agrícola da região, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura do Espírito Santo houve um prejuízo de 1,390 bilhão de reais no setor agrícola do estado. A seca também traz desafios para a agricultura do Nordeste brasileiro que, devido aos solos secos e rachados por falta de água, não exercem todo seu potencial produtivo, tornando-o sempre pauta no que se refere a transposição de rios e técnicas de irrigação.             Portanto, fica evidente a urgência de se democratizar o acesso à água de qualidade. Para isso, é necessário investir em meios de atentar a população para seu uso consciente mas, também, em tecnologia e pesquisas para neutralizar os danos às regiões mais secas. À nível do Brasil, são necessárias políticas públicas eficientes voltadas ao Nordeste, especificamente na transposição do rio São Francisco para atender a população e no investimento em irrigações voltadas para a agricultura. Já no Sudeste, é importante conscientizar a população , através de meios midiáticos, sobre a relevância de se economizar água buscando evitar outra crise como a de 2015.