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Enviada em: 01/10/2018

Na obra literária "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.   É notória a má distribuição da água no mundo, visto que, de acordo com o site Walterbjr, 67% da população mundial possui água escassa ou insuficiente, enquanto apenas 33% desses indivíduos possuem suficiência relativa ou abundância desse recurso. Tal desproporcionalidade tem como consequência o surgimento de conflitos em busca do bem que, teoricamente, é de direito humano.   Além disso, várias áreas nordestinas vivem em estado de emergência com a seca e, antes, o que se limitava a algumas partes, agora, atinge os grandes centros urbanos, como a Paraíba e Campina Grande. Essa realidade prova que as dificuldades climáticas, como o período de estiagem e a seca de rios, além do descaso político contribuíram para o alastramento dessa insuficiência hídrica.   É imprescindível, portanto, a participação da ONU, Organização das Nações Unidas que deve propor aos países a inclusão de ações políticas de abastecimentos para as áreas com menos disponibilidade de água, a fim de tornar esse recurso um bem comum a todos, possibilitando assim, melhorias na distribuição desse. Ademais, o Nordeste, que recebe o tratamento das águas de esgotos a fim de que as indústrias reutilizem e ainda sim, sofre com fatores sociais, o ato humanitário de transportar parte da água do aquífero Guarani seria a principal medida para promover a igualdade de distribuição da água, enquanto o poder público investe em pesquisas para driblar os fatores climáticos.