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Enviada em: 30/09/2018

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.       Cabe dizer, incialmente, que, as usinas hidrelétricas respondem pela maior parte da geração de energia no país. Para funcionar, elas dependem de nascentes, de rios e de represas bem protegidas por vegetação. Porém o setor agrícola aumenta a sua área de plantio a cada ano, desmantando grandes locais, na qual , muitas vezes, são próximos a esses rios, com isso , os períodos de secas costumam ser maiores. A agricultura, também , utiliza 72% da água do Brasil para a irrigação. Agregado a esse grande consumo, bem como a falta de mais tecnologia nesse setor, 60% desse recurso natural utilizado é perdido por fenômenos, como a evaporação.       Ademais, é válido expor que atual cenário comercial brasileiro está condicionado a lógica capitalista de busca por lucro e expansão econômica. Esse comportamento aumenta o consumo hídrico e elétrico que, dinamizado com a produção em massa, gera maior rendimento a favor da demanda. Desse modo, a uma maior necessidade de represar rios para fins energéticos ocasionando desequilíbrios ambientais, como por exemplo, no ciclo das chuvas e no acúmulo de gás metano na atmosfera liberada na decomposição anaeróbica de folhas submersas.       Portanto, são notáveis as causas da escassez desse solvente universal. Logo, o poder midiático deve alertar e orientar ao público sobre o uso consciente. Em segundo lugar, tratar as águas de esgotos a fim de as indústrias as reutilizem de forma sustentável e, assim, conter os gastos do consumo virtual. Ademais, o racionamento no Sudeste prevenirá a seca absoluta da água nesse período de crise. Já o Nordeste, que recebe esse tratamento e ainda sim, sofre com fatores sociais, o ato humanitário de transportar parte da água do aquífero Guarani seria a principal medida para promover a igualdade de distribuição da água, enquanto o poder público investe em pesquisas para driblar os fatores climáticos.