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Enviada em: 02/10/2018

Na obra literária ''O Quinze'', da escritora modernista Rachel de Queiroz, relata a grande seca de 1915 que assolou o nordeste do país, fazendo muitas famílias migrarem para outras partes do Brasil em busca da sobrevivência. Não obstante da realidade, é nítido os efeitos da escassez da água no atual cenário do século XXI; a ausência desse bem hídrico tornou-se um revés atemporal, afligindo todo o corpo social à medida que a sua demanda e consumo aumentam. Com efeito, evidencia-se a necessidade de promover a quebra da herança do uso indiscriminado da água que atualmente colocou várias regiões em alto grau de estresse hídrico; inegavelmente, ainda perduram os excessos da poluição das águas e com resultância disto as vastas mudanças climáticas. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.    É elementar que se leve em consideração, que 97% do total  da água no Mundo é de origem salgada, restando apenas menos de 3% apropriada para o uso doméstico e pessoal; no qual ainda é muito comum o seu mal uso nas sociedades atuais. Há vários fatores que motivam a falta desse bem, dentre eles a seca, a poluição e má distribuição desse recurso, ademais cabe ressaltar, que com o notório desperdício e o elevado crescimento populacional, adjunto com a falta de saneamento e esgoto, ocasionando assim sérias e grandes consequências com a sua ausência. Desta forma, daqui a alguns anos, o aumento da população sinalizará uma crise hídrica grave, pois se é um bem essencial, a falta dela terá impactos sociais, econômicos e ambientais.    É preciso, porém, reconhecer que a escassez de água no Brasil é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. Seria um erro, contudo, não citar a importância das usinas hidrelétricas, que  correspondem pela maior parte da geração de energia no país, dependendo das nascentes de rios e de represas protegidas pela vegetação, objetivando assim a importância e dependência econômica e social. Contudo, é importante admitir que os baixos investimentos em infraestrutura e em novas fontes tecnológicas para captação da água, e  de geração de energia agravam ainda mais  esse crítico  cenário em que se encontra o Brasil.     Fica claro, dessa forma, que para amenizar o problema o Governo Federal inove e desenvolva o programa integrado de ações, principalmente no nordeste, como uma maior e melhor implementação de cisternas no país, em adjunto disto um plano de selos de eficiência hídrica ligada a uma maior tecnologia  para mictórios, torneiras e pias, afim de reduzir os excessos. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação em conjunto com a mídia promova campanhas  de conscientização com o objetivo de atenuar tais problemas; todavia, para que isto aconteça, a política deve ter foco nisto, com investimentos e leis que incentivem a economia para quebrar tal herança do uso indiscriminado da água