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Enviada em: 30/09/2018

Em "Avatar - A lenda de Aang", a água é tratada como um elemento essencial para a sobrevivência humana e a sua escassez dizima milhares de pessoas. A animação da Nickelodeon retrata uma situação presente também no mundo real e que traz transtornos, principalmente à saúde e à integridade das pessoas, haja vista que as más gestões públicas  de sua distribuição e as  interferência antrópicas no meio ambiente colaboram para a escassez da água em sua maneira adequada para o consumo humano.    Nesse sentido, a carta de direitos humanos da ONU - Organização das Nações Unidas - assegura em suas diretrizes o direito à água tratada e potável. Entretanto, isso não é de fato cumprido, uma vez que o acesso a essa substância é precarizado, principalmente à população pobre, seja pela falta de gestões governamentais que tratem e abasteçam as cidades, seja pelas características morfológicas que prejudiquem a distribuição da água. Exemplo disso, é o racionamento enfrentado na cidade de São Paulo no ano de 2015, devido à longa estiagem e a falta de captação, tratamento e redistribuição das águas de chuva e de esgoto por sistemas de tratamento do governo, sendo esses, um dos principais problemas estruturais a serem resolvidos para o estabelecimento de uma plena qualidade de vida.    Além do mais, as mudanças climáticas devido à emissão de gases poluentes à atmosfera geram longas estiagens que prejudicam represas que necessitam desse abastecimento.  Essa realidade é extremamente nociva à vida humana, visto que a água  é essencial para os afazeres domésticos, tais como higienização pessoal e limpeza de alimentos. Assim, percebe-se que a escassez desse elemento pode trazer problemas adversos e, às vezes, extremamente perigosos, como o enfrentado pela Europa da Idade média, cujo um terço da população foi dizimada por doenças de rato transmitidas pela água não tratada.    Vê-se, portanto, os impactos da escassez de água no século vinte e um. Urge que os Governos Federais com acompanhamento da ONU desenvolvam medidas que resolvam a problemática. É fundamental o mapeamento de áreas com maiores índices de falta de tratamento de água por institutos como o IBGE - Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatísticas -, para que projetos financiados pelo governo levem a esses locais empresas de tratamento que capitem, tratem e distribuam água da chuva, a fim de minimizar o desperdício gerado pela falta de gestões. Por outro lado, a ONU deve referendar junto à ONGs reuniões com grandes potências mundiais que visem a mitigação de gases poluentes e promovam medidas  que tentem reverter os danos causados pelas mudanças climáticas e, desse modo, a falta de água não dizime populações como no universo de Avatar.